São Paulo – A rede de shoppings Iguatemi divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2022. A companhia registrou prejuízo líquido de R$ 16,4 milhões, revertendo o lucro de R$ 39,8 milhões no mesmo período de 2021.
O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 147,8 milhões, aumento de 53,7% na mesma base de comparação anual. A margem Ebitda subiu 8,2 pontos porcentuais, para 64,7%.
O FFO (lucro líquido excluindo depreciação, amortização e efeitos não caixa) foi de R$ 22,3 milhões, queda de 71%. A receita líquida ficou em R$ 228,3 milhões, crescimento de 34,3%.
Segundo o relatório da companhia, o resultado financeiro líquido foi de R$ 126,6 milhões negativos, 332% abaixo do valor apresentado no primeiro trimestre de 2019, impactado negativamente pela marcação a mercado do investimento na Infracommerce no montante de R$ 86,9 milhões.
“Tivemos uma operação de recompra de ações via SWAP que teve um resultado positivo de R$ 18,6 milhões no trimestre. Excluindo esses dois efeitos, o resultado financeiro teria sido de R$ 58,3 milhões negativos, decorrente substancialmente pelo aumento do endividamento e da taxa Selic (10,3% no primeiro trimestre de 2022 versus 6,4% no primeiro trimestre de 2019).
A dívida bruta chegou ao fim do primeiro trimestre de 2022 em R$ 3,25 bilhões, 1,5% abaixo do quarto trimestre de 2021. O caixa fechou em R$ 1,75 bilhão, queda de 4,8% nesse mesmo período. A dívida líquida ficou em R$ 1,45 bilhão, com alavancagem (relação entre dívida e Ebitda) de 2,43 vezes, ante 2,57 vezes no período imediatamente anterior.
Com a contínua melhora da performance de vendas, a companhia diminuiu a concessão de descontos aos nossos lojistas durante o ano anterior, impactando diretamente o crescimento do Aluguel mesmas lojas (SSR) que atingiu no trimestre a marca de 48,7% versus o primeiro trimestre de 2019.
“Se olharmos apenas para o mês de março, temos um SSR de 54,6% versus 2019, com 12 dos 16 empreendimentos crescendo em SSR acima dos 50%”, destacou o relatório da companhia.
As vendas totais nos shoppings atingiram R$ 3,3 bilhões no primeiro trimestre de 2022, crescimento de 77,2% em relação ao mesmo intervalo de 2021 (quando ainda havia restrições ao funcionamento do comércio) e avanço de 14,8% perante o primeiro trimestre de 2019 (antes da chegada da pandemia).
As vendas nas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) cresceram 14,6% no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo período de 2019. Destaque para o segmento de calçados e artigos de couro, com alta de 31,6% nesse intervalo.
A ocupação dos shoppings da Iguatemi foi a 92,7%, superior a 2021, quando a ocupação foi de 90,7%. Mas abaixo no nível de 93,7% pré-pandemia, no primeiro trimestre de 2019. A inadimplência dos lojistas subiu para 5,3%. No pré-pandemia, estava em 2,9%.
