O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas subiu 5,0 pontos em dezembro, para 115,4 pontos, maior nível desde março de 2023 (116,7 pontos). Com isso, o indicador permanece na faixa desfavorável, acima dos 110 pontos, pelo segundo mês seguido. Na métrica de médias móveis trimestrais, o IIE-Br subiu 2,5 pontos, alcançando 110,2 pontos.
“Após registrar níveis moderados de incerteza ao longo de 2024, o IIE-Br registra duas altas consecutivas e fecha o ano em nível elevado. A principal motivação para o cenário recente são as incertezas relacionadas às contas públicas e, em menor grau, ao quadro externo provocadas pelas possíveis mudanças nas direções políticas dos Estados Unidos. Tais fatores aliados a outros desafios macroeconômicos a serem enfrentados em 2025, devem ajudar a manter o indicador de incerteza em patamar desconfortável nos próximos meses”, afirma Anna Carolina Gouveia, economista da FGV IBRE.
O componente de Mídia do IIE-Br subiu 4,7 pontos em dezembro, para 113,2 pontos, maior nível desde maio deste ano (114,2 pts.) e contribuindo positivamente com 4,1 pontos para a alta do índice agregado. O componente de Expectativas, que mede a dispersão nas previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas, subiu 3,9 pontos no mês, para 117,7 pontos, maior nível desde dezembro de 2022 (117,9 pts.), contribuindo de forma positiva com 0,9 ponto para o resultado do IIE-Br de dezembro.