Índice de preços ao consumidor da Coreia do Sul ficou em 6% em junho em base anual

552

A inflação da Coreia do Sul ficou em 6% em junho, ante 5,4% em maio, comparado com o mesmo período do ano anterior. As informações são do departamento de estatísticas do país.

Segundo o relatório da agência, os grandes responsáveis pelo aumento dos preços em base anual foram transporte, com alta de 8,1%; alimentos e bebidas, com 6%; e restaurantes e hotéis, com 2,4%. Já os setores que tiveram queda foram comunicação, com -2,9%; e os cuidados à saúde, com -1%.

“Olhando para os detalhes, as pressões inflacionárias se acumularam não apenas em bens, mas também em serviços. O núcleo de inflação, excluindo produtos agrícolas e óleos, subiu para 4,4% em junho. A reabertura da economia parece estar adicionando pressão ascendente à inflação”, diz Min Joo Kang, economista sênior da ING.

Os analistas da ING também acreditam que a inflação está em tendência de alta. “Os preços da eletricidade e do gás aumentaram este mês; os preços dos combustíveis devem aumentar apesar da redução do imposto de combustível; e a temporada de férias de verão começa no final de julho, o que provavelmente pressionará as viagens e preços de lazer”.

Por conta disso, estima-se que o Bank of Korea (BoK) aumente em 50 pontos base sua taxa de juros, que já está em 1,75%, e que volte a subir em agosto e outubro. “Ainda achamos que um total de 100bp de aumentos poderia estabilizar a inflação até o final do ano. Mas, como o aperto das condições monetárias tanto no país quanto no exterior impacta negativamente o crescimento do próximo ano, esperamos que o BoK entre em um ciclo de flexibilização até o final de 2023”, conclui Kang.