O departamento de estatísticas do país divulgou nesta quarta-feira o índice de preços ao consumidor de agosto em base anual: 8,4%, o maior em 37 anos. Já o índice harmonizado, que leva em consideração os parâmetros da União Europeia, também bateu recorde e ficou em 9%, na mesma base de comparação.
Em termos mensais, o índice subiu 0,8%, tanto na inflação nacional quanto no índice harmonizado. Os itens que mais contribuíram para a subida do índice foram energia (alta de 44,9%) e bens duráveis (alta de 3,9%).
“Está claro que o conjunto de medidas fiscais [reduções temporárias de impostos, tetos em partes da conta de energia] implementadas pelo governo até agora só conseguiram desacelerar a inflação”, disse Paolo Pizzoli, economista sênior para a Itália e Grécia da ING.
O economista afirma que a inflação continuará alta no curto prazo, especialmente por conta dos altos custos de energia, e espera que as pressões sobre os preços comecem a diminuir a partir do quatro trimestre de 2022, “uma vez que a evaporação do efeito de reabertura [das restrições da Covid] dará lugar a uma recessão impulsionada pelo consumo, que afetará negativamente o poder de precificação dos negócios”, conclui.