Índice de Preços ao Produtor é de 1,23% em novembro

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Foto: Agência Brasil / Marcello Casal Jr.

São Paulo – Em novembro de 2024, os preços da indústria variaram 1,23% frente a outubro de 2024, décimo resultado positivo seguido. Nessa comparação, 18 das 24 atividades industriais tiveram aumento de preços. O acumulado no ano foi de 7,81%, enquanto o acumulado em 12 meses ficou em 7,59%. Em novembro de 2023, o IPP havia sido de -0,34%.

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede os preços de produtos na porta de fábrica, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas.

Em novembro de 2024, os preços da indústria variaram 1,23% frente a outubro de 2024. 18 das 24 atividades industriais investigadas na pesquisa apresentaram variações positivas de preço ante o mês imediatamente anterior. Em comparação, 15 atividades haviam apresentado maiores preços médios em outubro em relação ao mês anterior.

As quatro variações mais intensas foram em metalurgia (3,62%), outros equipamentos de transporte (2,74%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (2,56%) e fumo (2,41%).

Alimentos foi o setor industrial de maior destaque na composição do resultado agregado, na comparação entre os preços de novembro e outubro. A atividade foi responsável por 0,53 ponto percentual (p.p.) de influência na variação de 1,23% da indústria geral. Ainda nesse quesito, outras atividades que também sobressaíram foram metalurgia, com 0,24 p.p. de influência, indústrias extrativas (0,09 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (0,09 p.p.).

O acumulado no ano foi de 7,81% em novembro. A título de comparação, no último ano (2023), a taxa acumulada até o mês de novembro havia sido de -4,80%. O valor da taxa acumulada no ano até esse mês de referência é o quinto maior já registrado para um mês de novembro desde o início da série histórica, em 2014.

Entre as atividades que, em novembro de 2024, tiveram as maiores variações no acumulado no ano, sobressaíram-se: metalurgia (23,39%), fumo (15,78%), madeira (15,77%) e outros equipamentos de transporte (13,96%).

Na composição do resultado agregado da indústria, na perspectiva desse mesmo indicador (acumulado no ano), as principais influências foram registradas em alimentos (2,93 p.p.), metalurgia (1,37 p.p.), outros produtos químicos (0,90 p.p.) e veículos automotores (0,28 p.p.).

No acumulado em 12 meses, calculado comparando os preços de novembro de 2024 aos de novembro de 2023, a variação foi de 7,59% nesse mês de referência. No mês antecedente (outubro/2024), esse mesmo indicador havia registrado taxa de 5,92%.

Os setores com as quatro maiores variações de preços na comparação de novembro com o mesmo mês do ano anterior foram: metalurgia (23,92%), madeira (15,37%), fumo (14,55%) e outros equipamentos de transporte (14,40%).

Na mesma comparação, os setores de maior influência no resultado agregado foram: alimentos (2,98 p.p.), metalurgia (1,39 p.p.), outros produtos químicos (0,89 p.p.) e refino de petróleo e biocombustíveis (-0,38 p.p.).

Entre as grandes categorias econômicas, o resultado de novembro repercutiu assim: 1,52% de variação em bens de capital (BK); 1,39% em bens intermediários (BI); e 0,94% em bens de consumo (BC), sendo que a variação observada nos bens de consumo duráveis (BCD) foi de 0,15%, ao passo que nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) foi de 1,10%.

A principal influência veio de bens intermediários, cujo peso na composição do índice geral foi de 55,13% e respondeu por 0,76 p.p. da variação de 1,23% nas indústrias extrativas e de transformação.

Completam a lista, bens de consumo, com influência de 0,35 p.p., e bens de capital com 0,11 p.p.

No caso de bens de consumo, a influência observada em novembro se divide em 0,01 p.p., que se deveu à variação nos preços de bens de consumo duráveis, e 0,34 p.p. associado à variação de bens de consumo semiduráveis e não duráveis.