Indústria de alumínio dos EUA abre processo contra 5 países incluindo Brasil

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São Paulo – Uma associação que representa a indústria de alumínio norte-americana apresentou petições de direitos antidumping e compensatórios alegando que as importações comercializadas injustamente de folhas de alumínio de cinco países, entre eles o Brasil, estão causando dano material ao setor.

As petições do setor alegam que as importações de folhas de alumínio de Brasil, Armênia, Omã, Rússia e Turquia estão sendo vendidas a preços injustamente baixos nos Estados Unidos e que as importações de Omã e da Turquia se beneficiam de subsídios governamentais acionáveis.

A indústria norte-americana alega que as importações dos países em questão estão sendo despejadas nos Estados Unidos a margens de até 107,61%, e que as importações de Omã e da Turquia estão se beneficiando de oito e 25 programas de subsídios governamentais, respectivamente.

Em abril de 2018, o Departamento de Comércio dos Estados Unidos publicou ordens de direitos antidumping e compensatórios semelhantes da China. As ordens comerciais injustas existentes nos Estados Unidos levaram os produtores chineses a transferir as exportações de folhas de alumínio para outros mercados estrangeiros, o que resultou nesses países exportando sua própria produção para os Estados Unidos.

“Continuamos a ver como o persistente excesso de capacidade de alumínio, impulsionado por subsídios estruturais na China, prejudica todo o setor”, disse o presidente e executivo chefe da Aluminum Association, Tom Dobbins.

“Embora os produtores domésticos de folha de alumínio tenham sido capazes de investir e expandir após a ação inicial de fiscalização comercial direcionada contra as importações da China em 2018, esses ganhos duraram pouco”, acrescentou.