Inflação nos EUA; IBC-Br de setembro; corte de gastos no Brasil

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São Paulo, SP – Os índices futuros americanos e as bolsas europeias abriram em alta. O mercado ainda analisa os números do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em
inglês), referente a outubro, nos Estados Unidos, divulgado ontem, que mostrou alta de 0,2%. No acumulado dos últimos 12 meses, a inflação avançou 2,6%. Em setembro, o índice para 12 meses foi de 2,4%. O núcleo do CPI, que exclui gastos com comida e energia, subiu 0,3% em outubro e 3,3% em 12 meses.

Após o relatório de inflação, a negociação de futuros de fundos federais sugeriu uma alta
probabilidade de que os formuladores de políticas do banco central cortem as taxas novamente no próximo mês, de acordo com a ferramenta CME FedWatch. Após uma sequência de dados de outono quentes, o CPI amenizou os receios de uma desaceleração iminente no ritmo de cortes de taxas, disse Lindsay Rosner, chefe de investimentos de renda fixa multissetorial da Goldman Sachs Asset Management.

Outros dados econômicos importantes serão divulgados ainda esta semana incluem o índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês), hoje, e os números de vendas no varejo, amanhã. No final do mês será a vez de conhecer os números do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês), um dos principais dados sobre inflação dos EUA.

O presidente do Fed de St. Louis, Alberto Musalem, afirmou ontem que o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) está na “última etapa” de sua luta contra a inflação, com as pressões de preços convergindo para a meta de 2% da instituição. No entanto, ele alertou que dados recentes aumentaram o risco de que esse progresso possa desacelerar ou até reverter.

O Fed reduziu sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual (pp) na reunião da semana passada e espera-se que faça o mesmo em dezembro. Apesar disso, os dados recentes de inflação mostraram poucos avanços em direção ao objetivo de 2%, embora os funcionários do Fed permaneçam confiantes de que as pressões de preços continuarão a diminuir.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse ontem, após ter se reunido com seu colega da Defesa, José Múcio, na parte da manhã, e o presidente da Câmara, Artur Lira, à tarde, que o anúncio do pacote de medidas de corte de gastos depende da liberação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não sei se há tempo hábil. Temos uma reunião com o presidente. Se ele autorizar, anunciamos ainda essa semana”, disse, acrescentando que o governo está pronto para detalhar as medidas e que só depende do aval de Lula. Haddad evitou falar em número da economia por conta do pacote, mas disse que será um valor expressivo. “Na opinião da Fazenda, o número reforça o compromisso com as regras fiscais.”

Ontem, o Senado aprovou o texto-base do projeto que regulamenta o pagamento de emendas parlamentares. Foram 46 votos favoráveis, 18 contrários e uma abstenção. Por acordo, os senadores decidiram adiar a votação dos destaques [pedidos de mudança] apresentados à proposta do relator, senador Angelo Coronel (PSB-BA), que é um substitutivo ao texto aprovado pela Câmara dos Deputados na semana passada (PLP 175/2024). O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, suspendeu a sessão e informou que a nova data para concluir a votação deverá ser decidida em reunião de líderes agendada para hoje.

Hoje foi divulgado o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central, que subiu 0,84% em setembro em relação a agosto, indo a 153,89 pontos. Nos dados sem ajuste sazonal, o IBC-Br atingiu 152,62 pontos, ganho de 5,10% na comparação com o mesmo mês de 2024. O indicador subiu 4,70% no trimestre na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, houve um aumento de 1,12%. No acumulado em 12 meses, a elevação é de 2,97%. No ano, o índice subiu 3,28%.

O Grupo Casas Bahia divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com prejuízo líquido de R$ 369 milhões, queda de 55% em relação ao prejuízo líquido registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o prejuízo líquido foi de R$ 593 milhões, 63,5% inferior ao prejuízo líquido registrado nos nove primeiro meses de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de R$ 491 bilhões, revertendo o resultado negativo de R$ 66 milhões registrado no mesmo período de 2023. A receita líquida operacional foi de R$ 6,4 bilhões, queda de 2,9% na comparação com o 3T23.

A JBS divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 3,84 bilhões, alta de 571% em comparação ao mesmo período do ano passado (3T23). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 11,9 bilhões, alta de 120,7% em relação ao 3T23, enquanto a margem EBITDA alcançou 10,8%, um aumento de 490 pontos-base em relação ao ano anterior.

A Brava Energia divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 498,3 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 349,9 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23), e revertendo prejuízo líquido de R$ 582,1 milhões no 2T24. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado proforma foi de R$ 727,4 milhões, alta de 7,7%% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda foi de R$ 9,896 bilhões, alta de 70% em relação aos nove primeiros meses de 2023.

A Marfrig divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 79,1 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 111,7 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 217 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 1,530 bilhão registrado nos nove primeiros meses de 2023.

A BRF divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 1,137 bilhão, revertendo o prejuízo líquido de R$ 262 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23). Em relação ao segundo trimestre deste ano, o lucro líquido foi 3,8% superior. A companhia afirmou que o resultado reflete, principalmente, o resultado operacional, com destaque para o crescimento da receita em 12,4% e níveis saudáveis de rentabilidade em todo o portfólio de produtos e segmentos de negócios e pela redução do endividamento líquido com reflexos nas despesas de juros incorridas no período.

A Allos divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 112,7 milhões, revertendo o prejuízo líquido de R$ 16,6 milhões registrado no mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 529,9 milhões, queda de 82,6% em relação aos nove primeiros meses de 2023.

A Azzas 2154 divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido recorrente de R$ 163,8 milhões, queda de 28,6% em relação ao mesmo período de 2023 (3T23). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 476,8 milhões, alta de 4,2% em relação ao 3T23.

A Cemig divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 3,28 bilhões, alta de 165,1% em relação ao mesmo período de 2023 (3T23). O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 4,96 bilhões, alta de 146,5% em relação ao 3T23. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 1,76 bilhão, queda de 10,3% em relação ao 3T23. A receita líquida operacional foi de R$ 10,148 bilhões, alta de 7,7% na comparação com o 3T23.

A Cyrela divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 473 milhões, alta de 88% em relação ao mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 1,152 bilhão, alta de 66% em relação aos nove primeiros meses de 2023. A margem líquida foi de 23,3%, alta de 7,9 pontos percentuais em relação ao 3T23. Já o ROE ajustado alcançou 17,6%, crescimento de 4,8 p.p. na comparação anual. A receita líquida operacional foi de R$ 2,030 bilhões, alta de 25% na comparação com o 3T23. A companhia lançou um VGV de R$ 2,5 bilhões no período, e R$ 4,7 bilhões lançados no ano. As vendas atingiram R$ 2,5 bilhões no trimestre, alta de 45% em relação ao 3T23. D janeiro a setembro, as vendas chegaram a
R$ 5,8 bilhões, alta de 25% em relação aos nove primeiros meses de 2023.

A Equatorial Energia divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 990 milhões, alta de 6,8% em comparação com o mesmo período de 2023 (3T23). O lucro líquido ajustado foi de R$ 790 milhões, alta de 25,4% em comparação ao 3T23. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) foi de R$ 3,221 bilhões, alta de 13,7% em relação ao 3T23. Já o Ebitda ajustado foi de R$ 2,933 bilhões, alta de 16,3%.

A Hypera divulgou na noite de ontem (13) o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido de R$ 370,1 milhões, queda de 25,9% em relação ao mesmo período de 2023 (3T23). De janeiro a setembro, o o lucro líquido foi R$ 1,253 bilhão, recuou de 6,7% em relação ao nove primeiros meses de 2023. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) das operações continuadas foi de R$ 561,2 milhões, queda de 29,6% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda das operações continuadas foi de R$ 1,964 bilhão, recuou de 9,7% em relação ao nove primeiros meses de 2023. A receita líquida operacional foi de R$ 1,915 bilhão, recuou de 10,4% na comparação com o 3T23. A margem Ebitda foi de 29,3%, queda de 8 pontos percentuais.

A Raízen informou que o montante desembolsado até 31 de outubro de 2024 para a construção das duas novas plantas de etanol de segunda geração (E2G) nos Parques de Bioenergia Univalem (Planta 3) e Barra (Planta 4) foi de R$ 1,2 bilhão, de um total previsto de até R$ 1,4 bilhão por planta.

A Ultrapar obteve lucro líquido de R$ 698 milhões no terceiro trimestre deste ano na comparação anual, queda de 22%, fruto do menor EBITDA, parcialmente compensado pela menor despesa financeira líquida. Em relação ao 2T24, o lucro líquido aumentou 42%, decorrente do maior EBITDA e menor despesa financeira líquida.

A JBS informa que seu Conselho de Administração, em reunião realizada nesta data aprovou a distribuição de dividendos intermediários à conta do saldo das reservas de lucros apurado no balanço patrimonial de 31 de dezembro de 2023, no montante total R$2.218.116.370,00 (dois bilhões, duzentos e dezoito milhões, cento e dezesseis mil, trezentos e setenta reais), correspondentes a R$1,00 (um real) por ação ordinária (Dividendos Intermediários).

A JBS promoveu as seguintes atualizações do guidance da receita líquida e ebitda ajustado: para o exercício a se encerrar em 31 de dezembro de 2024, a receita líquida, antes estimada em R$ 409 bilhões (US$ 76 bilhões), passou a ser de R$ 412 bilhões (US$ 77 bilhões). O Ebitda ajustado, previsto entre R$ 33 bilhões (US$ 6,2 bilhões) e R$ 36 bilhões (US$ 6,7 bilhões), foi atualizado para a faixa de R$ 37 bilhões (US$ 6,9 bilhões) a R$ 38 bilhões (US$ 7,1 bilhões).

A BRF S.A. (BRF ou Companhia) (B3: BRFS3; NYSE: BRFS) informa aos seus acionistas e ao mercado em geral que o Conselho de Administração da Companhia, nesta data, no âmbito do programa de aquisição de ações de sua própria emissão objeto dos Fatos Relevantes divulgados em 07 de maio de 2024 e 14 de agosto de 2024 (Programa de Recompra), autorizou a aquisição de um adicional de até 30 milhões de ações ao montante já recomprado pela Companhia, as quais poderão ser adquiridas a partir desta data, mantendo-se inalteradas as demais condições do Programa de Recompra.

A Cosan registrou lucro líquido consolidado de R$ 293 milhões no terceiro trimestre de 2024, queda de 57% ante o mesmo intervalo do ano anterior. Na comparação com o 3T23, o resultado diminuiu em R$ 386 milhões, afetado pela menor contribuição dos negócios via equivalência patrimonial e pela base de comparação positivamente impactada pela contabilização dos dividendos recebidos da Vale.

A MRV&CO (B3: MRVE3), maior construtora residencial da América Latina, anuncia os resultados financeiros e operacionais referentes ao terceiro trimestre de 2024 (3T24). Como destaque, a Companhia registrou geração de caixa de R$ 229 milhões no período. Já as vendas líquidas da MRV&CO somaram R$ 3,5 bilhões, marcando o maior volume já registrado pela empresa. Outro resultado relevante foi o índice da produtividade na construção, que se aproximou da marca de 40 mil unidades por ano.

A B3 S.A. (B3SA3) divulga hoje os resultados financeiros do terceiro trimestre de 2024. A receita total atingiu R$ 2,7 bilhões, o que representa aumento de 8,9% em relação ao terceiro trimestre de 2023. O lucro líquido recorrente foi de R$ 1,2 bilhão, alta de 5,8% em comparação com o mesmo período de 2023.

O Banco do Brasil apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 28,3 bilhões nos nove primeiros meses de 2024, crescendo 8,4% na comparação com o mesmo período de 2023, o que representa um RSPL (retorno sobre o patrimônio líquido) de 21,5%. No trimestre, o lucro líquido ajustado atingiu R$ 9,5 bilhões, 8,3% acima do terceiro trimestre de 2023. O Indice de Capital Principal do BB encerrou o mês de setembro em 11,77%.

O Banco do Brasil S.A. (BB) aprovou, em 11/11/2024, a distribuição de R$ 2.758.680.166,26, ou R$ 0,48330421704 por ação, a título de remuneração aos acionistas sob a forma de Juros sobre Capital Próprio (JCP), relativo ao terceiro trimestre de 2024. Os valores serão pagos em 06/12/2024, tendo como base a posição acionária de 25/11/2024, sendo as ações negociadas ex a partir de 26/11/2024.