Inteligência artificial deve ser aberta e nuvem não será o limite, diz Huawei

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Por Olívia Bulla

Xangai – A Huawei vislumbra um mundo da computação em que nem tudo estará na nuvem e no qual a inteligência artificial deve ser aberta. No segundo dia da edição deste ano do Huawei Connect, em Xangai, a gigante chinesa de tecnologia apresentou quatro tendências da computação inteligente, frisando a onipresença do poder computacional no dia a dia das pessoas nos próximos anos.

Segundo o presidente de produtos e serviços de AI e nuvem da Huawei, Hou Jinlong, a primeira tendência é que a base de dados (data base) deve migrar para um grande centro de computador (computer center), no qual a IA irá abrigar 80% dos dados. A segunda tendência é a inovação da arquitetura computacional, saindo de aparelhos e baseando-se em uma arquitetura de IA com código fonte aberto (open source).

Ontem, no primeiro dia do Huawei Connect, o presidente da Huawei, Ken Hu, apresentou a arquitetura Da Vinci, em referência ao grande inventor, baseada na plataforma Atlas 900, composta pelo mais rápido cluster de treinamento de IA do mercado. Segundo ele, conseguir respostas segundos mais rápidas fará a diferença no futuro.

As outras duas tendências apresentadas por Hou hoje fala da otimização do sistema e da quebra de “paredes” que impedem a indústria alcançar o potencial em direção à era de ouro da computação. “É preciso de uma força e dois motores. A computação e os dados são as duas asas do avião que vai espalhar a nuvem e ficar acima do céu”, ilustra o executivo da Huawei.

A intenção da empresa chinesa é desenvolver aplicações baseadas em Inteligência Artificial tanto em aplicações científicas quanto em soluções de negócios, liderando esse mercado. “Vamos ver inteligência em todos os dispositivos e em todas as coisas”, afirmou o presidente da Huawei ontem, na abertura do evento, em um discurso em mandarim a clientes, parceiros e jornalistas de todo o mundo.

*A jornalista viajou ao evento a convite da empresa