Investidor deve analisar índice de sustentabilidade da B3 com cautela, diz XP

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São Paulo – A XP disse que o episódio da Americanas, que reportou a descoberta de um “rombo contábil” de R$ 20 bilhões em seu balanço e anunciou pedido de recuperação judicial na última quinta-feira (19/1), declarando R$ 43 bilhões em dívidas, mostra que os investidores devem avaliar com cautela o Indice de Sustentabilidade (ISE) da B3.

Após a divulgação das inconsistência pela Americanas, a B3 excluiu o papel da varejista (AMER3) de todos os seus índices, como o Ibovespa e o ISE.

A ação da Americanas era a 12a. com melhor pontuação em aspectos ambientais, sociais e de governança entre os 70 que compõem a carteira do ISE em 2023. A maior pontuação da companhia era justamente em governança corporativa e alta gestão”. Em 2022, a companhia ocupava a 26a. posição do índice, em um total de 47 papéis.

“Poucos dias depois de anunciar que estava avaliando a exclusão da Americanas (AMER3) do ISE, a B3 excluiu formalmente a ação da carteira na quinta-feira, 19 de janeiro. Antes do início das implicações, a AMER3 obteve a 12a. melhor pontuação ESG entre as 70 ações que compõem a 18a. edição da carteira do índice, o que reforça nossa visão de que os investidores devem avaliar o índice com cautela”, diz a Head de Research ESG da XP, Marcella Ungaretti.

Em relatório sobre o ISE, publicado no início deste mês, a XP comenta que, embora o índice incentive as companhias a adotarem melhores práticas e oriente os investidores em seus processos de decisão de investimento, fazer parte dele por si só não sugere automaticamente que não há nenhum espaço para melhorias na agenda ESG da empresa e, por isso, recomendamos um acompanhamento contínuo e criterioso.