IPCA-15 acelera em setembro e sobe 1,14%, acima do esperado

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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 1,14% em setembro na comparação com agosto, acelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,89%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa foi a maior para o mês desde 1994 (+1,63%). O resultado ficou acima da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +1,00%, conforme o Termômetro CMA.
Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 7,02% no ano e de 10,05% em 12 meses até agosto. O resultado no período de 12 meses também veio levemente acima da mediana das estimativas, de +9,90%, ainda segundo o Termômetro CMA, e mostra uma aceleração em relação aos +5,81% acumulados até agosto, mantendo-se bem acima do centro da meta perseguido pelo Banco Central para este ano, de 3,75%, pelo nono mês consecutivo.
Segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em setembro, sendo que o maior impacto (0,46 ponto porcentual) e a maior variação (2,22%) vieram do grupo Transportes. O resultado foi influenciado pela alta dos combustíveis (+3,00%), que acelerou frente a agosto (+2,02%) e exerceu o maior impacto individual (+0,17 pp) sobre o IPCA-15 de setembro.
O IBGE enfatiza que a bandeira tarifária Escassez Hídrica passou a vigorar a partir do dia 1 de setembro, que passou a cobrar R$ 14,20 a cada 100KWh consumidos, ante os R$ 9,492 cobrados anteriormente.
Ainda em Transportes, os preços das passagens aéreas e da gasolina subiram 28,76% e 2,85%, respectivamente.
A segunda maior contribuição veio dos Alimentação e Bebidas (+1,27% e +0,27 p.p.), com ligeira desaceleração em relação ao mês anterior (+1,29%), informa o IBGE.
Na sequência aparece Habitação (+1,55% e +0,25 p.p.). O grupo Artigos de residência (+1,23%), que acelerou-se ante julho (+1,05%), contribuiu com 0,4 pp no índice de agosto. O grupo Educação, por sua vez, apresentou queda em relação ao mês anterior (-0,01%) e não teve contribuição no índice geral. Os demais grupos ficaram entre +0,02% (Comunicação) e +0,54% (Vestuário).
Quanto aos índices regionais, o IPCA-15 subiu em todas as 16 regiões pesquisadas neste mês, em que o menor resultado foi registrado em Fortaleza (+0,68%), influenciado pela queda no preço do tomate (-14,35%) e das carnes (-0,94%). Já a maior variação foi observada em Curitiba (+1,58%), onde pesaram as altas da gasolina (+5,90%) e da energia elétrica (+4,92%). Em São Paulo, o IPCA-15 passou de +0,96% em agosto para +1,13% este mês.
O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 14 de agosto a 13 de setembro.