São Paulo – A prévia da inflação oficial no país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), caiu 0,01% em abril em relação a março, praticamente mantendo o ritmo lateral observado no período anterior (+0,02%). Trata-se do menor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1994. O resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,03%, conforme o Termômetro CMA.
Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 0,94% no ano e de 2,92% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses também ficou abaixo da mediana das estimativas, de +2,97%, ainda segundo o Termômetro CMA. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram deflação em abril, sendo que o de Transportes (-1,47%) foi o responsável pela maior contribuição negativa do resultado geral do IPCA-15, contribuindo com -0,30 ponto percentual (pp). No lado das altas, o grupo Alimentação e Bebidas apresentou a maior variação positiva (+2,46%), com impacto de +0,48 pp.
Nessas classes de despesa, destaque para as quedas nos preços de combustíveis (-5,76%), sendo -5,41% da gasolina e -9,08% do etanol. A gasolina, em particular, exerceu o mais intenso impacto negativo (-0,27 pp) no índice do mês. Na outra ponta, destaque para alimentação no domicílio (+3,14%).
Quanto aos índices regionais, seis das 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em abril ante março. O maior índice foi registrado na região do Rio de Janeiro (+0,61%), em meio à alta da energia elétrica, enquanto o menor ficou com a região metropolitana de Goiânia (-0,52%), em função dos preços de combustíveis. Em São Paulo, o IPCA-15 passou de -0,03% no mês passado para -0,05% neste mês.