São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,13% em julho na comparação com junho, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,69%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou em linha com as expectativas do mercado financeiro, de +0,16%, conforme o Termômetro CMA. No ano, o acumulado é de +5,79%. Na comparação interanual, com o mesmo período em 2021, a alta foi de +0,72%. É a menor variação desde junho de 2020 (0,02%).
Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 11,39% em 12 meses até julho. O resultado no período de 12 meses veio em linha com a mediana das estimativas de +11,41%, ainda segundo o Termômetro CMA, e mostra uma discreta desaceleração em relação aos +12,04% acumulados até junho, mantendo-se bem acima do centro da meta perseguido pelo Banco Central para este ano, de 3,5%, pelo décimo nono mês consecutivo.
Segundo o IBGE, seis dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram variação em julho, sendo que o maior impacto (0,25 ponto porcentual) ocorreu no grupo Alimentação e bebidas, enquanto a maior variação (1,39%) foi observada em Vestuário.
Já Transportes (-1,08%) e Habitação (-0,78%) apresentaram quedas, sendo que ambos contribuíram com -0,39 pp em julho. Comunicação também teve decréscimo de 0,05% no período.
Quanto aos índices regionais, o IPCA-15 subiu em sete das 11 regiões pesquisadas neste mês. As maiores altas foram observadas no Recife (+0,87%), Fortaleza (+0,42%) e São Paulo (+0,35%). Já Goiânia (-0,98%), Belém e Curitiba, com -0,31% cada, e Rio de Janeiro (-0,10%) apresentaram variação negativa.
O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 14 de junho a 13 de julho.