São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,59% em maio na comparação com abril, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+1,73%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior alta para um mês de maio desde 2016 (0,86%). O resultado ficou acima da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,46%, conforme o Termômetro CMA.
Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 12,20% em 12 meses até maio. O resultado no período de 12 meses também veio levemente acima da mediana das estimativas de +12,04%, ainda segundo o Termômetro CMA, e mostra uma aceleração em relação aos +12,03% acumulados até abril, mantendo-se bem acima do centro da meta perseguido pelo Banco Central para este ano, de 3,5%, pelo décimo sétimo mês consecutivo.
Segundo o IBGE, oito dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em maior, sendo que o maior impacto (0,40 ponto porcentual) ocorreu no grupo Transportes, enquanto a maior variação (2,19%) foi observada em Saúde e cuidados pessoais.
Quanto aos índices regionais, o IPCA-15 subiu em todas as 11 regiões pesquisadas neste mês. A maior variação foi observada em Fortaleza (+1,29%), onde pesaram higiene pessoal (+3,59%) e o reajuste na tarifa de energia elétrica (24,23%). Já a menor variação foi registrada em Curitiba (+0,12%), com queda nos preços da energia elétrica (-17,62%) e em alimentos como a cenoura (-19,88%) e tomate (-13,72%) A capital paulista registrou aumento de 0,54% em maio.
O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 14 de abril a 13 de maio.
