São Paulo, 25 de março de 2022 – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) subiu 0,95% em março na comparação com fevereiro, desacelerando-se em relação à alta apurada no período anterior (+0,99%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior alta para um mês de março desde 2015 (1,24%). O resultado ficou acima da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,85%, conforme o Termômetro CMA.
Com isso, o IPCA-15 acumula alta de 10,79% em 12 meses até março. O resultado no período de 12 meses também veio levemente acima da mediana das estimativas, de +10,68%, ainda segundo o Termômetro CMA, e mostra uma aceleração em relação aos +10,76% acumulados até março, mantendo-se bem acima do centro da meta perseguido pelo Banco Central para este ano, de 3,5%, pelo décimo quinto mês consecutivo.
Segundo o IBGE, todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em março, sendo que o maior impacto (0,40 ponto porcentual) e a maior variação (1,95%) vieram do grupo Alimentação e bebidas, que acelerou frente ao mês anterior (1,20%). Saúde e cuidados pessoais (1,30%), Transportes (0,68%) e Habitação (0,53%).
Quanto aos índices regionais, o IPCA-15 subiu em todas as 11 regiões pesquisadas neste mês. A maior variação foi observada em Curitiba (+1,55%), onde pesou a gasolina (+6,47%). Já a menor variação foi registrada em Brasília (+0,61%), com queda nos preços das passagens aéreas (-13,23%) e da energia elétrica (-2,34%). A capital paulista registrou aumento de 0,71% em março.
O IPCA-15 é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além de Brasília e Goiânia. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 12 de fevereiro a 16 de março.
Paulo Holland / Agência CMA
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