IPCA-15 sobe 0,23% em agosto e fica praticamente em linha com as expectativas

782

São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) subiu 0,23% em agosto em relação a julho, desacelerando-se levemente em relação à alta apurada no período anterior (+0,30%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou praticamente em linha com a mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,21%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 0,90% no ano e de 2,28% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses também ficou praticamente em linha com a mediana das estimativas, de +2,30%, ainda segundo o Termômetro CMA, e segue abaixo do piso do intervalo de tolerância perseguido pelo Banco Central para este ano, de 2,50%, pelo quarto mês seguido.

Segundo o IBGE, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta em agosto, sendo que o de Transportes (+0,75%) foi o responsável pelo maior impacto positivo no resultado geral do IPCA-15, contribuindo com 0,15 ponto percentual (pp). Habitação (+0,57%) e Alimentação e Bebidas (+0,34%) também subiram, com impactos de +0,09 pp e +0,07 pp. No lado das quedas, o grupo Educação apresentou a maior variação negativa (-3,27%), com alívio de -0,21 pp no índice cheio.

Nessas classes de despesa, destaque para a alta nos preços de combustíveis (+2,31%), sendo que a gasolina (+2,63%) exerceu o maior impacto (+0,12 pp) no IPCA-15 do mês. Na outra ponta, destaque para a queda nos preços de cursos regulares (-4,01%), na pré-escola (-7,30%) e em cursos de pós-graduação (-5,83%), que refletem os descontos nas mensalidades concedidos pelas instituições de ensino diante da suspensão das aulas presenciais por causa da pandemia.

Quanto aos índices regionais, todas as 11 regiões pesquisadas apresentaram variação positiva em agosto. O maior índice foi registrado na região de Belo Horizonte (+0,37%), em meio à alta nos preços das carnes e da gasolina, enquanto o menor ficou com a região metropolitana de Brasília (+0,08%), em função da queda nos preços de alguns itens alimentícios. Em São Paulo, o IPCA-15 passou de +0,19% no mês passado para +0,25% neste mês.