São Paulo – A prévia da inflação oficial no país, medida pelo Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), oscilou em alta de 0,02% em março, desacelerando-se em relação ao avanço de 0,22% apurado em fevereiro. Trata-se do menor resultado para o mês desde o início da série histórica, em 1994. Além disso, o resultado ficou abaixo da mediana das expectativas do mercado financeiro, de +0,06%, conforme o Termômetro CMA.
Com isso, o IPCA-15 acumula altas de 0,95% no ano (e no primeiro trimestre) e de 3,67% nos últimos 12 meses, até este mês. O resultado no período de 12 meses também ficou abaixo da mediana das estimativas, de +3,72%, segundo o Termômetro CMA. As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo o instituto, dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, quatro apresentaram deflação em março, sendo que o grupo Transportes (-0,80%) foi o responsável pela maior contribuição negativa do resultado geral do IPCA-15, contribuindo com -0,17 ponto percentual (pp). O grupo Habitação (-0,28%) aparece na sequência, com alívio de -0,04 pp no indicador. No lado das altas, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais apresentou a maior variação positiva (+0,84%), com impacto de +0,11 pp.
Nessas classes de despesa, destaque para as quedas nos preços de combustíveis (-1,19%), sendo -1,18% da gasolina e -1,06% do etanol, as roupas masculinas (-1,39%), e na energia elétrica (-1,30%). Na outra ponta, destaque para os itens de higiene pessoal (+2,36% e +0,09 pp), refletindo os aumentos de perfumes e produtos para pele (+5,10% e +4,37%), respectivamente.
Quanto aos índices regionais, cinco das 11 regiões pesquisadas apresentaram deflação em março ante fevereiro. O menor índice foi registrado no município de Goiânia (-0,50%), em meio à queda da energia elétrica e da gasolina, enquanto o maior ficou com a região metropolitana de Fortaleza (+0,44%), em função dos itens de higiene pessoal. Em São Paulo, o IPCA-15 passou de +0,28% no mês passado para -0,03% neste mês.