IPCA acelera a 0,96% em julho ante junho e sobe mais que o esperado

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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,96% em julho, acelerando-se em relação à alta de 0,53% apurada em junho, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do resultado mais elevado para julho desde 2002. O resultado veio ligeiramente acima da mediana projetada, de 0,93%, conforme o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, o IPCA acumula alta de 4,76% nos primeiros sete meses do ano. Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses até julho para +8,99%, de +8,35% no mês anterior, permanecendo acima do teto da meta de inflação do Banco Central para 2021, de 5,25%. O resultado também ficou ligeiramente acima da mediana projetada, de +8,96%, ainda conforme o Termômetro CMA.

Na passagem de maio para junho, oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, sendo que o maior impacto (+0,48 ponto porcentual) e a maior variação (+3,10%) vieram de Habitação, que acelerou a alta 1,10% registrada em junho. O grupo Transportes registrou a segunda maior contribuição (+0,32 pp) depois de ver sua alta de 0,41% em junho acelerar-se a +1,52% em julho. O grupo Alimentação e bebidas protagonizou a terceira contribuição (+0,13 pp), acelerando-se de +0,43% para +0,60% no período. O grupo Saúde e cuidados pessoais aparece como a única variação negativa (-0,65%), com contribuição de -0,09 pp no IPCA de julho. Os demais grupos subiram entre 0,12% (Comunicação) e 0,78% (Artigos de residência).

Nessas classes de despesa, a alta do grupo Habitação foi influenciada pelo aumento da energia elétrica (+7,88%), que acelerou-se fortemente em relação a junho (+1,95%) e registrou o maior impacto individual sobre o índice (0,35 pp). Ainda em Habitação, os preços do gás de botijão (+4,17%) e do gás encanado (+0,48%) também influenciaram a alta.

Em termos regionais, todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em junho. O maior índice ficou com a região metropolitana de Curitiba (+1,60%), influenciado pelas altas nos preços das passagens aéreas (+39,92%) e da energia elétrica (+11,34%). Já a menor variação ficou com Aracaju (+0,53%), por causa da queda dos preços de seguro voluntário de veículo (-11,37%) e planos de saúde (-1,47%). Em São Paulo, o IPCA acelerou de +0,53% em junho para +0,98% em julho.