IPCA cai em setembro e tem a menor taxa desde 1998, diz IBGE

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Por: Olívia Bulla

São Paulo – O Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, caiu 0,04% em setembro em relação a agosto, na menor taxa para o mês desde 1998 (-0,22%), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em agosto, o IPCA subiu 0,11%. O resultado do mê passado contrariou a previsão de alta de 0,03%, conforme a mediana projetada pelo Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA acumula altas de 2,49% no ano e de 2,89% em 12 meses, até o mês passado. O resultado em 12 meses é o menor do ano para o período acumulado, voltando aos níveis vistos pela última vez no acumulado em 12 meses até maio de 2018. Além disso, a taxa apurada em 12 meses ficou abaixo da previsão, de alta de 2,98%, ainda conforme o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, três dos nove grupos pesquisados apresentaram deflação na passagem de agosto para setembro, com destaque para Alimentação e Bebidas, que caiu 0,43%, sendo responsável pela maior contribuição negativa no IPCA do mês, com -0,11 ponto percentual (pp). Já a maior variação negativa ficou com Artigos de Residência (-0,76%).

Nessas classes de despesa, destaque para: alimentação fora de casa
(+0,04%); alimentação no domicílio (-0,70%) e eletrodomésticos e equipamentos (-2,26%). Por outro lado, Saúde e Cuidados Pessoais registrou a maior variação positiva (+0,58%) em setembro e maior impacto positivo no IPCA (+0,07 pp), tendo como destaque a alta em itens de higiene pessoal (+1,65%).

Em termos regionais, Goiânia apresentou a maior variação no IPCA de setembro, de +0,41%, refletindo a alta nos preços da gasolina (+2,80%). Já o IPCA mais baixo ficou com a área metropolitana de São Luís (-0,22%), influenciado pela queda de energia elétrica (-6,97%). Em São Paulo, o IPCA passou de +0,33% em agosto para -0,06% em setembro.