IPCA perde força e cai 0,36% em agosto; expectativas eram de -0,40%

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Posto de combustível / Foto: Marcello Casal Jr. / Agência Brasil

São Paulo – O índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu 0,36% em agosto na comparação com julho, desacelerando-se em relação à queda apurada no período anterior (-0,68%), segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou ligeiramente acima das expectativas do mercado financeiro, de -0,40%, conforme o Termômetro CMA.

Com isso, o IPCA acumula alta de 8,73% em 12 meses, minimamente acima das estimativas, de +8,70%, ainda segundo o Termômetro CMA.

Segundo o IBGE, dois dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram queda em agosto, sendo que a maior variação (1,69%) veio do grupo Vestuário, seguido por Saúde e cuidados pessoais (1,31%) e Educação (0,61%).

Já Transportes caiu significativos 3,37%, impactado diretamente pela redução de 10,82% no preço dos combustíveis, e Comunicação teve decréscimo de 1,10%, reflexo da queda de 6,71% da telefonia fixa e de -2,67% da telefonia móvel.

Quanto aos índices regionais, o IPCA caiu em 13 das 16 regiões pesquisadas no oitavo mês de 2022. Vitória apresentou a maior variação (0,46%), impactada pelo reajuste de 11,16% na energia elétrica, enquanto Recife teve retração de 1,40%, refletindo o impacto direto da queda de 16,23% no preço da gasolina.

O IPCA é calculado com base em famílias com rendimentos de 1 a 40 salários e que vivem nas principais regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do indicador, os preços foram coletados no período de 29 de julho e 29 de agosto de 2022.