IPCA sobe 0,26% em junho, após dois meses seguidos de deflação

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São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,26% em junho em relação a maio, após dois meses seguidos de queda, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda mensal foi menor que a previsão, de +0,31%, conforme a mediana projetada pelo Termômetro CMA. Com isso, o IPCA acumula altas de 0,10% no ano até o mês passado, e de 2,13% no período de 12 meses encerrados em junho resultado também abaixo da mediana projetada, de +2,20%, ainda conforme o Termômetro CMA, seguindo abaixo do piso do intervalo de tolerância perseguido pelo Banco Central neste ano, de 2,50%, pelo terceiro mês consecutivo.

Na passagem de maio para junho, sete dos nove grupos pesquisados tiveram alta. O destaque ficou com Alimentação e bebidas (+0,38%) que acelerou em relação a alta observada no mês anterior, de +0,24%, o maior impacto positivo no resultado do IPCA no mês, de +0,08 ponto percentual (pp). Seguido de Transportes (+0,31 de -1,90%), representando impacto no indicador de +0,06 pp, após quatro meses de queda.

Nessas classes de despesa, destaque para o comportamento dos itens alimentos para consumo em domicílio (+0,45%), influenciados pela alta nos preços das carnes (+1,19%) e do leite longa vida (+2,33%). Enquanto a gasolina avançou 3,24% e teve o maior impacto individual no indicador em junho (+0,14 pp). Em contrapartida, o menor impacto individual veio das passagens aéreas (-26,01% e -0,11pp).

Em termos regionais, quatro das 16 áreas pesquisadas tiveram deflação em junho. O menor índice ficou com São Luís (-0,35%), puxado pela queda nos preços dos perfumes (-3,39%) e do tomate (-13,89%). Já a maior variação positiva ficou com região metropolitana de Curitiba (+0,80%), por causa da alta nos preços da gasolina (+7,01%) e do etanol (+10,35%). Em São Paulo, o IPCA passou de -0,28% em maio para +0,29% em junho.