IPCA sobe 0,31% em abril ante março, ligeiramente acima das estimativas

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,31% em abril, desacelerando-se em relação à alta de 0,93% apurada em março, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou ligeiramente acima da mediana projetada, de 0,29%, conforme o Termômetro CMA. 

Segundo o IBGE, o IPCA acumula alta de 2,37% nos primeiros quatro meses do ano. Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses para +6,76%, permanecendo acima do teto da meta de inflação do Banco Central para 2021, de 5,25%. O resultado também ficou ligeiramente acima da mediana projetada, de +6,73%, ainda conforme o Termômetro CMA.

Na passagem de março para abril, oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, sendo que o maior impacto (+0,16 ponto porcentual) e a maior variação (+1,19%) vieram de Saúde e cuidados pessoais, que havia recuado ligeiramente em março (-0,02%). A segunda maior contribuição (+0,09 pp) veio de Alimentação e bebidas, que acelerou de +0,13% para +0,40% de março para abril. Já o grupo Habitação desacelerou de de +0,81% em março para +0,22% em abril. O único grupo a registrar variação negativa no mês passado foi Transportes (-0,08%), que em fevereiro e março havia avançado 2,28% e 3,81%, respectivamente.

Nessas classes de despesa, destaque para a alta do preço dos produtos farmacêuticos (+2,69%), que contribuíram com 0,09 pp para o índice geral. O IBGE atribui a alta ao fato de, no início de abril, ter sido autorizado o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos. Além disso, houve alta também nos produtos de higiene pessoal (+0,99%), com impacto de +0,04 pp. No grupo Alimentação e bebidas, a alta é explicada pela alimentação no domicílio (+0,47%), que havia recuado 0,17% no mês anterior.

Em termos regionais, todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em abril. O maior índice ficou com o município de Rio Branco (+0,96%), principalmente por conta da alta dos produtos farmacêuticos (+4,50%). Já a menor variação ficou com Brasília (+0,05%), especialmente em função da queda no preço da gasolina (-1,47%). Em São Paulo, o IPCA desacelerou de +0,75% em março para +0,14% em abril.