São Paulo – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, subiu 0,86% em fevereiro, acelerando-se fortemente em relação à alta de 0,25% apurada em janeiro, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou acima da mediana projetada, de 0,70%, conforme o Termômetro CMA.
Segundo o IBGE, o IPCA de fevereiro é o maior para o mês desde 2016 (+0,90%). Com isso, o indicador acelerou a alta acumulada em 12 meses para +5,20%, resultado que também ficou acima da mediana projetada, de +5,03%, ainda conforme o Termômetro CMA.
Na passagem de janeiro para fevereiro, oito dos nove grupos pesquisados apresentaram alta, sendo que o maior impacto veio do grupo Transportes (+2,29% e +0,45 pp). Já a maior variação mensal foi registrada pelo grupo Educação (+2,48%). Juntos, os dois grupos representaram cerca de 70% do resultado de fevereiro, enfatiza o IBGE.
O grupo Alimentação e Bebidas desacelerou de +1,02% em janeiro para +0,27% em fevereiro, representando impacto de 0,08 ponto percentual (pp) no resultado geral do IPCA no período. O grupo Habitação, que havia recuado 1,07% em janeiro, subiu 0,40%. Enquanto isso, houve alta de 0,66% no grupo Artigos de Residência. O único grupo a registrar variação negativa no mês passado foi Comunicação (-0,13%).
Nessas classes de despesa, destaque para a alta do preço da gasolina (+7,11%), com participação de cerca de 42%, ou 0,36 pp, no IPCA de fevereiro. Além da gasolina, os preços do etanol (8,06%), do óleo diesel (5,40%) e do gás veicular (0,69%) também subiram em fevereiro. Com isso, os combustíveis acumulam alta de 28,44% nos últimos nove meses, pontua o IBGE. Em Educação, o maior impacto do grupo veio dos cursos regulares (+3,08%).
Em termos regionais, todas as 16 áreas pesquisadas apresentaram variação positiva em fevereiro. O maior índice ficou com a região metropolitana de Fortaleza (+1,48%), diante da alta de 8,86% nos cursos regulares. Já a menor variação ficou com a área do município de Rio de Janeiro (+0,38%), por causa da queda nos preços das passagens aéreas (-10,73%) e dos transportes por aplicativos (-16,5%). Em São Paulo, o IPCA acelerou de +0,24% em janeiro para +0,83% em fevereiro.