São Paulo – A agência de classificação de risco Moody’s avaliou que oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) da CSN Mineração é positiva para o crédito de sua controladora, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), por meio da qual espera levantar, em 12 fevereiro, R$ 1,6 bilhão na oferta primária e R$ 3,6 bilhões via oferta secundária, totalizando até R$ 5,2 bilhões.
“Esperamos que a CSN use parte dos recursos para reduzir a dívida bruta e use sua posição financeira para buscar iniciativas de gestão de passivos para alongar o prazo e reduzir custos de dívida, de cerca de R$ 11 bilhões com vencimento em 2022, mais R$ 8,6 bilhões em mercados de capitais e bancos em 2023”, disse a Moody’s, em comentário sobre a operação.
Segundo a agência, os recursos obtidos podem aumentar significativamente a posição de caixa da CSN, ao reduzir o risco de refinanciamento e apoiar futuras rolagens de dívida com os bancos. A expectativa é que os benefícios imediatos de liquidez da companhia com o IPO superem a perda do fluxo de caixa futuro e dividendos da subsidiária de mineração, disse a agência.
Em uma análise pro forma, a Moody’s estima que a posição de caixa consolidada da CSN aumentaria, imediatamente, para R$ 11,5 bilhões ou R$ 13,7 bilhões, incluindo suas ações na produtora de aços planos Usinas Siderurgicas de Minas Gerais (Usiminas), de R$ 6,3 bilhões ou R$ 8,5 bilhões, incluindo as ações da Usiminas em 30 de setembro de 2020, das quais, aproximadamente, R$ 1 bilhão estava na subsidiária de mineração e acessível apenas através de dividendos.