São Paulo – A Itaipu Binacional quitou nesta terça-feira (28/2) a dívida contraída para construção da hidrelétrica. O pagamento ocorre 50 anos após a celebração do Tratado com o Paraguai para realização da obra e as últimas parcelas do empréstimo foram destinadas à Eletrobras (US$ 8 milhões) e ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, US$ 107 milhões) e somam US$ 115 milhões.
Com o pagamento, a Itaipu torna-se uma empresa totalmente amortizada, disse a estatal, em nota. De acordo com a estatal, ao longo do período de quase cinco décadas, foram assinados mais de 300 contratos de financiamento. Entre os credores havia cerca de 70 brasileiros, paraguaios e internacionais e foram repassados mais de US$ 20 bilhões para o Brasil e o Paraguai.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, participou do evento alusivo à quitação da dívida de construção da Hidrelétrica de Itaipu na tarde desta terça-feira, no hall do Edifício da Produção da usina de Itaipu (na Cota 145) e fez a primeira visita técnica de sua gestão na pasta às estruturas da usina.
De acordo com o diretor financeiro executivo da Itaipu Binacional, André Pepitone da Nóbrega, a Eletrobras captou empréstimos em dólar para assegurar a construção da usina e a amortização do empréstimo deu-se por intermédio do custo do serviço de eletricidade da Itaipu, valor definido anualmente e pago em dólar por consumidores brasileiros e paraguaios em contrapartida da energia suprida.
O Tratado de Itaipu completa 50 anos em 2023, acordo firmado entre Brasil e Paraguai para a construção da hidrelétrica de Itaipu, no Rio Paraná, fronteira dos dois países, uma das maiores obras de engenharia do mundo. O tratado resultou de ação diplomática do Brasil com o Paraguai e a Argentina, em 1973.
Segundo Pepitone, nestes 50 anos, a usina Itaipu acumula produção de 2,9 bilhões de megawatts-hora (MWh), a contar de maio de 1984, quando entrou em operação a sua primeira turbina. Essa marca equivale à energia consumida no mundo por 46 dias.
