Itaú BBA prefere Gerdau a Vale em negociação por pares de ações

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São Paulo – O Itaú BBA abriu uma nova negociação de pares de ações (operação em que o investidor combina uma posição comprada, long, com uma venda a descoberto, short, de dois ativos extremamente correlacionados) entre Gerdau (GGBR4) a longo prazo versus Vale (VALE3) a curto prazo e atualizou suas recomendações em outras negociações deste tipo.

A Gerdau é mencionada como a principal escolha do banco em siderurgia e mineração, com base na expectativa de que a empresa continuará a entregar os melhores resultados para o restante do ano. “Embora esperemos que os preços caiam em 2023, tanto no mercado doméstico e norte-americano, vemos forte geração de fluxo de caixa livre (FCF) de 15%, permitindo à empresa gerar retorno para seus acionistas por meio de dividendos e/ou recompras.

Em relação à Vale, por outro lado, o Itaú avalia que deverá enfrentar um momento menos favorável no curto prazo devido à atividade econômica mais fraca na China e geração de FCF mais limitada, o que implica menor retorno.

O Itaú BBA também tem cita outras negociações de pares abertas, em que mostra preferência por PagSeguro à Stone, por avaliação mais atraente e maior potencial para melhoria dos lucros assim que os cortes nas taxas de juros começarem; em Eletrobras, sua principal escolha no setor de Utilities, ante Isa CTEEP, por sua taxa de retorno atrativa de 11% e com enorme valor a ser desbloqueado após seu processo de privatização.

O Itaú BBA está fechando o par de negociações Eneva (ENEV3; longa) vs Energias do Brasil (ENBR3; curta) e MRV (MRVE3; longo) vs Cyrela (CYRE3; curto), com ganhos de 12,3% e 12%, respectivamente.

Na primeira, os analistas explicam que o desempenho desta negociação de pares foi positivo no início do mês, favorecendo o fechamento deste par neste momento. O banco rebaixou a classificação da Eneva devido a sua avaliação pouco atraente; maior concorrência para o leilão de reserva de 30 de setembro, potencialmente reduzindo a criação de valor; pior perspectiva para o despacho térmico em 2022-23; e prazo mais longo do que o esperado para a retomada das negociações do polo Bahia Terra.

Já na comparação entre as construtoras, o BBA disse que está lucrando 12% para capitalizar neste desempenho de curto prazo. “Ainda vemos melhores fundamentos para as construtoras de baixa renda do que para as de média e alta renda, com os programas de habitação do governo impulsionando as operações e os preços de matérias-primas em declínio levando a melhores dinâmicas de custos, enquanto o aumento da inflação do trabalho atinge com mais força as empresas de média e alta renda.”