Itaú lança marketplace para clientes com 20 empresas parceiras; BTG reitera compra

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São Paulo – O Itaú Unibanco lançou ontem (29/8) o Itaú Shop, um shopping digital (marketplace) disponibilizado aos seus clientes, que reúne ambiente de compras, produtos e serviços e está disponível nos apps Itaú, Itaú Personnalité e Itaú Cartões. A loja já conta com ofertas de 20 empresas, como Magazine Luiza e CVC. Os produtos incluem itens de vestuário, livros, eletrônicos, móveis, entre outros.

Segundo o banco, o objetivo é facilitar a vida dos clientes no ambiente digital, com cadastro integrado aos canais digitais do banco e experiência de pagamento simples e segura, com possibilidade de parcelamento em até 12 vezes sem juros em todos os produtos.

O Itaú Shop tem como propósito facilitar as jornadas de compra para as pessoas, oferecendo parcerias e condições exclusivas, além de uma experiência mais fluida e integrada aos canais que elas mais utilizam. A ideia é levar o produto certo para o cliente, com opções de pagamento facilitadas, experiência aprimorada e segurança nas transações. Isso será viabilizado por um uso intensivo de dados, analisados para disponibilizar as melhores soluções e ofertas para cada cliente de acordo com o perfil de uso dos cartões Itaú e com a navegação do cliente no app, explica Carlos Formigari, diretor do Itaú Unibanco.

Uma das principais novidades do Itaú Shop é o cadastro integrado com a conta do cliente Itaú que não precisa de outro login e senha para utilizar o marketplace para compras do dia a dia ou para trocar seus pontos acumulados. Com isso, a finalização do pagamento é muito mais simples e segura: os cartões do cliente já estarão vinculados à plataforma e aparecerão como opções no checkout, com preenchimento automático dos dados. A compra é realizada dentro do ecossistema do banco, com toda a segurança que é marca do Itaú.

Utilizamos o que há de mais inovador em termos de tecnologia para criar uma plataforma robusta e segura, com uma arquitetura de dados moderna e que já nasce completamente em nuvem. Tudo pensado para fornecer uma experiência muito fluida e prazerosa que contemple todos os clientes Itaú, afirma Fernando Kontopp, diretor de Tecnologia do Itaú. Tecnologia, design e dados compõem o tripé que está transformando a economia e construindo novos ambientes de negócios bastante complexos. Temos um trabalho focado em inovação e em testes contínuos, com evoluções mapeadas já em andamento.

A novidade também traz uma evolução no uso de pontos para o pagamento de produtos e serviços, que poderão ser utilizados diretamente no app Itaú, sem a necessidade de um novo cadastro ou login. Em breve, os pontos acumulados nos programas de fidelidade dos cartões de cada cliente estarão disponíveis para uso no checkout, permitindo seu uso a qualquer momento.

Nossa ambição é facilitar a jornada de compra e venda, oferecendo um balcão de negócios seguro, que oferece o produto correto para a audiência correta e mantém um alto índice de engajamento além de ter a melhor experiência de pagamento do mercado. Queremos mostrar que o Itaú pode ter um papel cada vez mais relevante na vida das pessoas, sendo o principal ponto de contato do cliente para o consumo de soluções além das bancárias, afirma Formigari.

Plataforma de benefícios

Com a evolução do ecossistema de compras do Itaú, o iupp, atual plataforma de fidelidade do Itaú Unibanco, deixará de existir em um segundo momento. Estamos iniciando uma nova era a partir do que construímos no Itaú Shop, incorporando os aprendizados que o iupp nos trouxe. Teremos um momento de coexistência e transição entre as soluções, para que haja o mínimo impacto para os clientes, que serão comunicados sobre cada etapa garantindo a transparência e tranquilidade do processo, explica Formigari.

O programa de pontos do Itaú não deixará de existir; toda a experiência de compras de produtos e serviços será realizada no Itaú Shop, e seus demais usos como transferências para programas parceiros e crédito em fatura seguirão disponíveis nos apps do banco, em uma jornada integrada e segura. Não haverá necessidade de migração de pontos ou seja, um processo sem impactos para o cliente, que terá uma experiência ainda melhor, detalha o executivo.

BTG REITERA COMPRA

O BTG Pactual reiterou a recomendação de compra da ação do Itaú Unibanco com preço-alvo de R$ 34,00, após mensagem construtiva transmitida por seus diretores, em reunião com os analistas do BTG e investidores, em que afirmaram que esperam superar seus pares nos próximos 5-10 anos e anteciparam algumas informações que devem apresentar em sua reunião anual com investidores, na próxima quinta-feira (1/9).

A análise sugere que a melhora no “humor” da companhia está relacionada ao seu crescimento comercial mais forte nos últimos 18 meses ou mais e que coincidência ou não, começou na época em que o atual CEO Milton Maluhy assumiu o comando. O crescimento da receita líquida novamente gerou uma série de oportunidades, como fusões e aquisições da Ideal, Avenue, a joint venture com a Totvs, entre outras, escreveram os analistas.”O Itaú é visto há muito tempo como um banco premium do Brasil, mas a ação não superou realmente seus pares nos últimos 10 anos”, diz o relatório.

Os executivos também disseram que esperam alguma desaceleração nos empréstimos no segundo semestre deste ano e em 2023, o que, por sua vez, tende a reduzir a necessidade de novas provisões no curto prazo dado que o banco utiliza um modelo de perda esperada para construir provisões para perdas com empréstimos.

Além disso, a administração espera que a inadimplência aumente um pouco mais antes de começar a se estabilizar, o que deve acontecer antes do final do ano. “Apesar dos desafios políticos em ano eleitoral, com a possibilidade de um novo governo assumir em 2023, o índice de inadimplência deve ficar estável no próximo ano, permanecendo um pouco abaixo dos níveis pré-pandemia, o que o Itaú considera confortável tendo em vista que a qualidade e a diversidade da carteira melhoraram desde 2019. Como tal, os NPLs estáveis, juntamente com uma desaceleração originação de crédito nos próximos trimestres, deve ser positivo para provisões para perdas com empréstimos, que poderia crescer menos do que empréstimos no próximo ano”, avaliam os analistas.

Por fim, a análise estima que Itaú apresente um resultado final de R$31,5 bilhões em 2022, após a revisão de projeções apresentada após o balanço do 2T e, para 2023, R$ 34,2 bilhões de lucro líquido (vs. consenso de R$ 33,7 bilhões). “Apesar de não oferecer metas para o ano que vem, juntamente com o fato de que o banco ainda pode estar trabalhando em seu orçamento de 2023, nossas últimas interações com o Itaú nos levam a acreditar que pode haver risco de alta para nossos números”, finalizaram.