Itaúsa soma lucro líquido recorrente de R$ 4,2 bilhões no quarto trimestre

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São Paulo – O lucro líquido recorrente da Itaúsa, que exclui itens extraordinários e considera as participações nas suas subsidiárias, foi de R$ 4,2 bilhões no quarto trimestre deste ano, alta de 53,2% na comparação com igual período do ano passado. O lucro líquido, com efeitos não recorrentes e da participação das outras empresas do conglomerado, subiu 12,4% no período e totalizou R$ 4,1 bilhão, na mesma base de comparação.
A companhia disse que o lucro líquido foi afetado por eventos não recorrentes, que totalizaram efeito negativo de R$ 68 milhões no 4T21 e positivo de R$ 64 milhões em 2021. “No Itaú Unibanco, o principal efeito foi o impacto negativo da provisão para readequação de estruturas. Na Dexco, os créditos tributários decorrentes de ações judiciais foram os principais eventos não recorrentes. Por fim, na Copa Energia houve efeito positivo não recorrente relativo à permuta de ativos com a Nacional Gás e alienação de ativos à Fogás, bem como despesas com a integração dos negócios entre Copagaz e Liquigás”, detalhou a empresa em seu relatório de resultados trimestrais.
No trimestre, o resultado próprio da holding foi de R$ 32 milhões, ante R$ 2 milhões negativos no mesmo período de 2020.
No acumulado do ano, o ROE sobre PL médio e o ROE recorrente sobre PL médio alcançaram 20,1% e 19.1%, altas de 7,1 e 6,6 pontos percentuais (pp).
“As empresas investidas apresentaram sólidos avanços em desempenho operacional. No setor bancário, o lucro foi impulsionado pelo crescimento da carteira de crédito,que superou R$ 1 trilhão, a melhor margem financeira e o menor volume de perdas esperadas com operações de crédito, combinado com o controle eficiente das despesas gerais e administrativas”, informou a holding.
Em bens de consumo e materiais para construção civil, a Itaúsa disse que a Alpargatas e Dexco aproveitaram as suas estruturas e o bom momento de mercado para alavancar suas vendas, bem como a receita líquida e o ebitda, mesmo com pressões no custo de alguns insumos. “Cabe destacar que este foi o melhor ano da história da Dexco em desempenho de ebitda e rentabilidade e, também, o maior ebitda histórico da Alpargatas.”
Os segmentos de distribuição e transporte de gás, compostos por Copa Energia e NTS, também apresentaram incremento de receita. Já a Aegea, do segmento de saneamento básico, cujos resultados passaram a ser reconhecidos pela Itaúsa a partir do terceiro trimestre, apurou ganhos expressivos de ebitda e lucro líquido. “Adicionalmente, os resultados da XPInc. também contribuíram positivamente para o resultado da holding”, acrescentou.