Johnson pedirá apoio de G-7 a desenvolvimento rápido de vacina contra covid-19

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São Paulo – O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, pedirá aos países do G-7 (grupo composto por Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) que acelerem o desenvolvimento de novas vacinas contra covid-19, ao presidir a primeira
reunião do grupo na presidência britânica.

No encontro, que será virtual, Johnson vai expor sua ambição de reduzir o tempo de desenvolvimento de novas vacinas em dois terços a 100 dias, segundo comunicado de Downing Street.

“Ao reduzir ainda mais o tempo para desenvolver novas vacinas para doenças emergentes, poderemos prevenir as repercussões catastróficas para a saúde, econômicas e sociais vistas nesta crise”, diz a nota, acrescentando que a ambição de 100 dias foi proposta pela Coalizão para Inovações em Preparação para Epidemias (CEPI, na sigla em inglês) no início deste ano.

“O desenvolvimento de vacinas de coronavírus viáveis oferece a perspectiva tentadora de um retorno à normalidade, mas não devemos descansar sobre os louros. Como líderes do G-7 devemos dizer hoje: nunca mais”, disse Johnson, antes da reunião do grupo.

“Ao aproveitar nossa engenhosidade coletiva, podemos garantir que temos vacinas, tratamentos e testes prontos para a batalha contra futuras ameaças à saúde, à medida que derrotamos a covid-19 e reconstruímos melhor juntos”, concluiu o premiê.

Johnson também confirmará hoje que o Reino Unido compartilhará a maioria de qualquer futuro excedente de vacinas contra o coronavírus com a inciativa global Covax, para apoiar os países em desenvolvimento, além do financiamento de 548 milhões de libras. O premiê vai incentivar os líderes do G7 a aumentarem seu financiamento para a Covax, segundo o comunicado.

A reunião do G-7 também será a primeira do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no cargo. Segundo a Casa Branca, Biden vai se comprometer a participar da Covax e visa a coordenar um plano de vacinação e renovação econômica global. Ele também vai discutir medidas para lidar com a crise climática e a atualização de regras globais para enfrentar desafios econômicos como os impostos pela China.