Justiça homologa plano de recuperação extrajudicial da Casas Bahia

91

São Paulo, SP – O Grupo Casas Bahia informou que o Juízo da 1a Vara de Falências
e Recuperações Judiciais de São Paulo homologou seu Plano de Recuperação Extrajudicial (PRE), tendo julgado improcedentes as impugnações ao Plano de RE

Diante da Homologação do PRE, o reperfilamento de suas dívidas financeiras quirografárias
decorrentes das debêntures e CCBs novadas pelo Plano de RE torna-se efetivo e vinculante perante todos os credores financeiros da companhia.

“O cronograma de pagamentos estabelecido no Plano de RE, incluindo a carência de 24 meses para pagamento de juros e de 30 meses para pagamento de principal, e prazo total de amortização de 78 meses (6,5 anos), com remuneração de CDI + 1,0% a 1,5%, impactará positivamente o serviço da dívida financeira da companhia”, explicou o comunicado.

Por fim, a varejista ressaltou que, em cumprimento ao Plano de RE, procederá agora com a sua 10 emissão de debêntures, em substituição às dívidas financeiras quirografárias sujeitas e novadas pelo Plano de RE, nos termos e prazos ali estabelecidos.

RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL

No fim de abril, a companhia anunciou que tinha entrado com pedido de Recuperação Extrajudicial (RE). O processo envolveria as Debêntures (6a, 7a, 8a e 9a emissão) e as Cédulas de Crédito Bancária (CCBs) que a companhia possui com o Bradesco e Banco do Brasil, totalizando um montante de R$ 4,1 bilhões. O reperfilamento alonga o prazo médio da dívida de 22 meses para 72 meses e, ainda, reduz em 1,5 ponto percentual o custo médio.

Em contrapartida, oferece aos credores a possibilidade de converter parte da
dívida em equity. Com a aprovação do plano, o prazo médio de amortização deve passar de 22 meses para 72 meses. Com isso, o desembolso de caixa até 2027 passará de R$ 4,8 bilhões para cerca de R$ 500 milhões.

Diferentemente de uma Recuperação Judicial, a recuperação extrajudicial possui maior agilidade, menor burocracia e custos reduzidos para a companhia. E, o mais importante, tem um escopo limitado (6a, 7a, 8a e 9a emissão de debêntures e CCB), não impactando as demais dívidas da companhia. A proposta envolve todas as 4 debêntures da companhia (6a, 7a, 8a e 9a emissão), além das Cédulas de Crédito Bancária que o grupo possui com o Bradesco e Banco do Brasil.