Klabin compra ativos florestais da Arauco no Paraná

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São Paulo, SP – A Klabin informou ontem (20) que adquiriu a operação florestal da Arauco no Paraná. O investimento de US$ 1,160 bilhão compreende a compra de 85 mil hectares de áreas florestais produtivas localizadas majoritariamente no Estado do Paraná e 31,5 milhões de toneladas de madeira em pé (volume esperado), além de máquinas e equipamentos florestais.

Entre os benefícios da aquisição, a empresa destacou a antecipação do atingimento da autossuficiência alvo de 75% de madeira própria no Paraná e a conclusão da expansão de terras na região, o que gera redução relevante de investimentos futuros e ganhos significativos com sinergias operacionais. Além disso, após a colheita do primeiro ciclo, a Klabin excederá a sua meta de autossuficiência em aproximadamente 60 mil hectares produtivos, que poderão ser monetizados.

O diretor-geral da Klabin, Cristiano Teixeira, afirmou que “esse é mais um movimento que reforça o foco da empresa em eficiência operacional, com diligente alocação de capital e valor presente líquido (VPL) estimado em aproximadamente R$ 2 bilhões”.

Marcos Ivo, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin, ressaltou que a empresa mantém a sua sólida posição financeira com robusta liquidez e perfil de dívida alongado. “Trata-se de uma ótima oportunidade em termos operacionais e financeiros, que reduzirá a necessidade de compra de madeira de terceiros, aumentará a competitividade de custos da Companhia, com criação de valor para os seus acionistas”.

A conclusão da operação está sujeita a condições suspensivas usuais em transações dessa natureza, inclusive à aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

PROJEÇÕES

A Klabin anunciou também a atualização de suas projeções de investimentos após aquisições da operação florestal da Arouco Florestal Arapoti (Projeto Caeté). A previsão é de investimentos no valor de R$ 3,3 bilhões em 2024; R$ 3,1 bilhões em 2025; R$ 2,7 bilhões em 2026; R$ 2,8 bilhões em 2027; e R$ 2,5 bilhões em 2028. Em 2023, o valor deve chegar a R$ 4,5 bilhões.

Segundo o comunicado, as sinergias do Projeto Caeté devem resultar na redução do custo caixa total entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões por ano entre 2025 e 2028. A empresa estima um custo de caixa total de R$ 3,1 mil por tonelada em 2024.

“As estimativas consideram a efetiva implementação do Projeto Caetê nos termos acordados e assumem, dentre outras, redução da compra de madeira em pé de terceiros redução de investimentos em silvicultura e maquinário florestal; e redução dos custos logísticos e operacionais relacionados à colheita e transporte de madeira”, explicou o comunicado.