Klabin cresce 108% no 1º trimestre de 2022, e soma R$ 875 mi

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São Paulo –  A Klabin divulgou hoje os resultados do primeiro trimestre de 2022. O lucro líquido de R$ 875 milhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 108% em comparação ao mesmo período de 2021, mas queda de 17% em relação ao último trimestre do ano passado.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 35%, chegando a R$ 1,726 bilhão.

A receita líquida somou R$ 4,42 bilhões no primeiro trimestre de 2022, alta de 28% em relação ao mesmo período do ano passado, com crescimento em todas as linhas de negócio.

A margem Ebitda (Ebitda sobre receita líquida) ajustada atingiu 39% no período, alta de 2% em comparação ao primeiro trimestre de 2021, excluídos efeitos não recorrentes, resultado dos reajustes de preços realizados ao longo dos últimos trimestres, compensando as pressões nos custos e a valorização do real frente ao dólar no período.

O retorno sobre o capital investido (ROIC, na sigla em inglês) foi de 20,1%, avanço de 3,5% em relação ao primeiro trimestre de 2021. O resultado financeiro líquido foi uma despesa de R$ 77 milhões, queda 62% em relação ao mesmo trimestre de 2021.

O Capex total foi de R$ 999 milhões no primeiro trimestre de 2022, um aumento de 23% em comparação a 2021, mas um recuo de 14% com o último trimestre de 2021.

A dívida líquida da companhia ficou em R$ 17,8 bilhões, redução de 18% em relação ao mesmo período de 2021.

O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 2,4 vezes, queda de 1,8 vez em relação ao mesmo período de 2021.

O volume de produção de celulose foi 14% inferior na comparação anual, resultado da parada geral de manutenção da unidade Puma I, em Ortigueira, realizada em fevereiro, cuja última parada geral havia sido realizada em dezembro de 2020.

Já a produção de papéis foi 20% superior ao mesmo trimestre de 2021. O desempenho reflete o aumento de 27% na produção de cartões no mesmo período comparativo, devido ao efeito calendário da parada geral de manutenção da unidade Monte Alegre, que em 2021 foi realizada no primeiro trimestre de 2021 e em 2022 acontecerá no segundo trimestre.

Além disso, a produção de containerboard ficou 17% acima do primeiro trimestre de 2021, como resultado da produção de 79 mil toneladas da MP27, primeira etapa do Projeto Puma II cujo start-up ocorreu em agosto de 2021.

Segundo o relatório, o volume de vendas no primeiro trimestre de 2022 totalizou 900 mil toneladas, impactado pelas paradas gerais de manutenção programadas realizadas no período e pelo carryover de parte do volume de vendas do primeiro trimestre de 2022 para o segundo trimestre de 2022 devido à gargalos logísticos.

Com isso, o volume vendido de celulose no primeiro trimestre de 2022 caiu 11% na comparação com o mesmo período de 2021. Já a venda de papéis aumentou 24% no mesmo período beneficiada pelo volume adicional da MP27, que favoreceu as vendas de containerboard, e pela menor base comparativa de vendas de cartões no primeiro trimestre de 2021, como reflexo da parada geral de manutenção da unidade de Monte Alegre – que em 2021 ocorreu no primeiro trimestre de 2121 e em 2022 acontecerá no segundo trimestre.

Já no segmento de papelão ondulado houve uma acomodação da demanda, que voltou à sua sazonalidade típica com o primeiro trimestre do ano mais fraco, além de refletir a redução do poder de compra dos consumidores no mercado doméstico em decorrência da alta inflação.

O custo caixa de produção de celulose foi de R$ 1.291 por tonelada, 66% superior e relação ao primeiro trimestre de 2021, excluídos os efeitos da parada geral de manutenção realizada no trimestre.

As principais razões para este aumento estão relacionadas a forte alta nos preços das commodities, que impactaram os custos com combustível e insumos químicos, sobretudo clorato de sódio e soda cáustica. Adicionalmente, conforme antecipado nos trimestres anteriores, houve o aumento no custo de fibras, explicado pela maior utilização de madeira de terceiros durante o primeiro ciclo do Projeto Puma II, além da menor receita de venda de energia devido à parada de manutenção e a queda no preço do PLD.

O custo em US$ foi de US$ 247/t no 1T22 (vs. US$ 141/t no 1T21) influenciado também pela valorização do real frente ao dólar no período.