São Paulo, 18 de outubro de 2021 – A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, reiterou que a política monetária vai continuar apoiando a economia europeia enquanto durarem os impactos da pandemia de covid-19, ao participar de um evento do Fundo Monetário Internacional (FMI) no final de semana.
“A política monetária continuará a apoiar a economia a fim de estabilizar a inflação de forma duradoura em nossa meta de inflação de 2% no médio prazo”, disse ela. “O BCE está empenhado em preservar condições de financiamento favoráveis para todos os setores da economia durante o período de pandemia”.
“Assim que a emergência pandêmica chegar ao fim – o que está se aproximando – nossa orientação futura sobre as taxas, bem como a compra de ativos, garantirá que a política monetária continue a apoiar o cumprimento oportuno de nossa meta”, acrescentou. O BCE mantém em vigor um plano emergencial de 1,85 bilhão de euros para apoiar a região durante a pandemia.
Lagarde e o BCE têm defendido que a recente aceleração na inflação na zona do euro é transitória. O índice de preços ao consumidor dos países que compõem a zona do euro subiu 3,4% em setembro na comparação com o mesmo período de 2020, marcando o maior nível em 13 anos, após a alta de 3,0% de agosto.
No evento do FMI, a presidente do BCE disse ainda que o “suporte da política fiscal não deve ser retirado até que a recuperação esteja mais madura”, e que deve mudar de uma abordagem abrangente para um plano de ação mais direcionado, facilitando mudanças estruturais na economia, promovendo setores verdes e digitais.
Segundo Lagarde, a Europa já possui a ferramenta ideal para dar início a esse processo de transformação, na forma de um fundo de 750 bilhões de euros da Próxima Geração da União Europeia (UE), que segundo a Comissão Europeia pode aumentar a produção potencial em 3% em alguns países até 2024.
