Leilões da B3 geram cerca de R$ 100 bilhões em investimentos em 2023

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São Paulo, SP – A B3 informou que, em 2023, realizou 38 leilões, nos quais 48 ativos públicos foram alienados ou concedidos à iniciativa privada. Como resultado, foram gerados
mais de R$ 100 bilhões em investimentos em capex e opex e beneficiadas, direta e indiretamente, as populações de 19 estados, em todas as regiões do Brasil.

O deságio médio dos leilões foi de 29%, o que garante economia ao setor público, e as disputas tiveram, em média, quatro proponentes por projeto. O Estado do Paraná foi o mais participativo do ano, com sete leilões e mais de R$ 21 bilhões em investimentos, seguido por São Paulo, com seis leilões e mais de R$ 6 bilhões investidos.

O grande destaque foi o maior leilão de linhas de transmissão da história do país, realizado em 15 de dezembro, promovido pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e pelo Ministério de Minas e Energia (MME). Foram leiloados três lotes de empreendimentos nos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais, São Paulo e Tocantins, com previsão de investimento de R 21,7 bilhões.

Outro leilão de grande escala foi o do Trecho Norte do Rodoanel de São Paulo, realizado em março, que completará o Rodoanel e ligará a região metropolitana a importantes vias para acesso ao interior e a outros estados. Com R$ 3,4 bilhões previstos em investimento, o projeto deve gerar mais de 15 mil empregos e reduzir a circulação de 18 mil caminhões diariamente dentro da capital.

No setor de energia, os dois processos licitatórios realizados em 2023 foram responsáveis pela concessão de 9 mil quilômetros de linhas de transmissão em todas as regiões do país. Como resultado, serão investidos R$ 37,4 bilhões e gerados cerca de 66 mil empregos diretos. O deságio médio para esses leilões foi de 43%.

Em rodovias, foram cinco leilões e uma expectativa de investimentos de R$ 28 bilhões em capex e mais de R$ 11,7 bilhões em opex. O deságio médio foi de 14%. Ao todo, foram mais de 2 mil quilômetros concedidos em Minas Gerais, São Paulo, Paraná e Pará, que realizou sua primeira concessão de rodovia da história. A estimativa é de que mais 200 mil empregos diretos e indiretos serão gerados.

Já no segmento de portos, foram dez terminais arrendados nos estados de Alagoas, Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul. Os investimentos nos terminais serão de R$ 1,4 bilhão e mais de 264 mil metros quadrados serão modernizados para promover eficiência no escoamento de cargas gerais, sal, combustíveis e grãos.

No setor de aeroportos houve o leilão do Aeroporto Internacional de São Gonçalo do Amarante (RN). O empreendimento está a 18 quilômetros do Porto de Natal, capital do Rio Grande do Norte, e a 30 quilômetros do centro da cidade, além de ficar próximo a estradas que fazem ligação a outras capitais do Nordeste, como João Pessoa (PB) e Recife (PE). O projeto teve como objetivo viabilizar a ampliação, manutenção e exploração do aeroporto, com investimentos de cerca de R$ 2,3 bilhões em capex e opex.

Os quatro leilões da área de saneamento básico envolveram 19 municípios e a expectativa é de que mais de 1 milhão de pessoas sejam beneficiadas diretamente pelos cerca de R$ 4 bilhões em investimentos no setor. Em saúde, foi o ano com o maior número de projetos na B3, com três leilões organizados pelos municípios de Guarulhos (SP), Rio de Janeiro (RJ) e o Estado de Rondônia. Os investimentos em capex e opex superam os R$ 13 bilhões. Aconteceu ainda, com estruturação do BNDES, a primeira Parceria Público-Privada (PPP) de um presídio, com o leilão do Complexo Prisional de Erechim (RS) realizado pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul.

Em iluminação pública, foram nove projetos realizados por diferentes prefeituras. Ao todo, calcula-se que mais de 3 milhões de habitantes nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste serão beneficiados, com investimentos nos parques de iluminação que alcançam R$ 1 bilhão em capex e opex. As disputas realizadas na B3 promoveram deságios médios de 51%, o que representa uma economia mensal para os municípios de mais de R$ 5 milhões. Este foi o ano com mais leilões de iluminação pública na bolsa de valores, superando 2020, que teve sete projetos.