São Paulo, SP – O licenciamento total de veículos – que incluem automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus cresceu 17,9% em novembro, para 204.011 unidades, ante 172.964 no mesmo mês de 2021. Ante o mês anterior, o indicador subiu 12,8%, informou a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Os licenciamentos de automóveis e comerciais leves subiram 19% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado, a 192.052 unidades. Ante outubro, o crescimento foi de 13,8%. No acumulado do ano, os emplacamentos de leves somaram 1,758 milhão de unidades, queda de 1,4% frente ao mesmo período de 2021.
O presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite, comemorou a média diária de vendas de 10,2 mil unidades. “É o melhor resultado desde dezembro de 2020, apesar da inflação e das dificuldades de crédito. O varejo continua num bom ritmo de recuperação, e as vendas diretas cresceram muito, em especial as locadoras, que estão enfim recompondo a idade média de suas frotas”, destacou o dirigente.
A venda de caminhões recuou 2,5% em relação ao mesmo mês do ano passado, com o emplacamento de 10.208 unidades e queda de 5,4% ante outubro. No acumulado do ano, por sua vez, houve queda de 2,2%, a 114.166 caminhões.
No setor de ônibus, os emplacamentos cresceram 67,9% em base anual, a 1.751 unidades. Em relação a outubro, a venda de ônibus subiram 24,2%. No acumulado do ano, houve acréscimo de 16,9% a 15.065 unidades.
“Em 2021, a falta de semicondutores, não apenas isso, afetou a produção e 400 mil unidades não foram produzidas. Neste ano, o mesmo problema aconteceu, mas em menor escala, chegando a 250 mil veículos não produzidos”, explicou Leite, que espera uma pequena na estabilidade da cadeia de produção para 2023.
O executivo destacou ainda que é fundamental para o setor a diminuição da taxa de juros para impulsionar as vendas. Atualmente, 70% das vendas acontecem à vistas, e 30% a prazo. Diante da inflação ainda alta, a previsão é que o Banco Central do Brasil (BC) ainda deve manter os juros elevados por algum tempo.
Nesta quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá o valor da taxa Selic. A previsão é que o BC mantenha os juros em 13,75%, mas há quem aposte em um aumento
de 0,25 ponto percentual.
EXPORTAÇÃO
A receita com as exportações totais de veículos automotores e de máquinas agrícolas produzidas no Brasil somou US$ 975,8 milhões em novembro, alta de 50,5% ante o mesmo mês do ano passado. Na comparação com o mês anterior, houve queda de 8%, segundo a Anfavea, que destacou ainda que faltam apenas 10 mil unidades para atingir as 460 mil unidades projetadas para as exportações neste ano.
Pelo segundo mês seguido o México superou a Argentina como principal destino dos automóveis brasileiros exportados, em função das restrições cambiais no país vizinho. No acumulado do ano, a Argentina ainda lidera com 29% das unidades nacionais embarcadas, seguida por México (18%) e Colômbia (16%). No ano passado, a Argentina respondia por 36% das exportações.
PRODUÇÃO
Em novembro, foram produzidas 197.706 unidades de veículos leves no Brasil, 4,2% acima que no mesmo mês de 2021. Na comparação mensal, houve alta 5,5%, de acordo com Anfavea.
Já a produção total de veículos – que inclui automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus – foi de 215.796 unidades no mês passado, 4,9% acima do produzido em novembro
de 2021 e 4,7% a mais em comparação a outubro.
No acumulado do ano, a produção total cresceu 6,9% para 2.178.202 unidades, na comparação anual, enquanto a produção de veículos leves nos nove primeiros meses deste ano subiu 6,8% ante o mesmo período de 2021, para 2.000.905 unidades. Com isso, o volume total produzido no ano passado (2,248 milhões) deverá ser superado já na próxima sexta-feira (9).
EMPREGOS
A quantidade de postos de trabalho na indústria automotiva cresceu 1,9% na comparação com novembro de 2021, para 104.523 posições. O número é 0,2% superior na comparação mensal, com 104.348 postos em outubro, informou a Anfavea.
