Líder do governo nega que aproximação com centrão seja incoerente

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São Paulo – O líder do governo na Câmara dos Deputados, Vitor Hugo (PSL-GO), negou que as iniciativas do Planalto para se aproximar de partidos do chamado “centrão” seja incoerente com o discurso do presidente Jair Bolsonaro, de não usar a distribuição de cargos públicos como ferramenta para a obtenção de apoio político.

O “centrão” é composto por partidos que, como o nome sugere, estão ao centro do espectro político e não necessariamente se alinhavam com o governo em votações no Congresso.

Em entrevista ao portal Poder360, ele disse que Bolsonaro não abandonará o princípio de não contribuir para esquemas de corrupção. “Se a gente for ver o loteamento de cargos que foi feito à época [de governos do Partido dos Trabalhadores], tinha origem no próprio palácio do Planalto. Não vai acontecer no nosso governo. precisamos de base agora para aprovar pautas que são importantíssimas também para combate ao coronavírus”, afirmou.

Ele acrescentou que o poder público tem condições de impedir eventuais malfeitos e disse que “indicação política por si só não é ruim”. “Quem indicou o ministro [da Infraestrutura] Tarcísio fui eua”, afirmou, acrescentando que há critérios de escolha que já foram definidos e repassados à Controladoria-Geral da União para a nomeação a cargos públicos.