São Paulo – As negociações entre os líderes de Estado e de governo da União Europeia (UE) sobre o plano de recuperação de 750 bilhões de euros serão difíceis, mas um acordo é possível, segundo o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
“As negociações de hoje serão difíceis”, disse Michel, ao chegar à reunião presidencial do Conselho Europeu, em Bruxelas. “Trabalhamos muito duro para preparar esta reunião, sei que será muito difícil, porque não é apenas sobre dinheiro, é sobre pessoas, sobre o futuro europeu, sobre nossa unidade. E mesmo que seja difícil, estou convencido de que é possível chegar a um acordo”.
Da mesma forma, Von der Leyen também acredita em um entendimento entre os países. Com o início das negociações, “as apostas não podiam ser maiores”, disse ela, ao chegar à reunião.
“Se fizemos certo, poderemos superar esta crise mais fortes e sair mais fortes da crise. Todas as peças necessárias estão sobre a mesa e uma solução é possível”, disse ela, acrescentando que as pessoas esperam uma solução pois é o emprego delas que está em jogo.
“O risco do vírus ainda persiste. O mundo todo está nos acompanhando, se a Europa é capaz se levantar-se junta”. Para ela, a UE tem as ferramentas para não apenas superar a crise, mas sair dela mais moderna, mais digital e mais verde, citando o orçamento proposto e o plano “Próxima Geração da UE”.
O plano proposto pela Comissão inclui 500 bilhões de euros em subsídios e 250 bilhões de euros em empréstimos para os países mais afetados pela pandemia. O balanço entre subsídios e empréstimos é um dos pontos de discordância entre os países, além dos critérios de alocação dos recursos.
