São Paulo – O Conselho Europeus, que reúne os chefes de Estado e de governo da União Europeia (UE), não chegou a um acordo sobre um pacote de estímulos fiscais de 750 bilhões de euros proposto pela Comissão Europeia para lidar com os impactos da pandemia do novo coronavírus.
A reunião por videoconferência “foi ocasião de observar que há pontos diferentes que emergiram” sobre a proposta do fundo de recuperação, disse o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, em coletiva de imprensa. “Ao mesmo tempo, não subestimamos as diferenças sobre vários tópicos e observamos que é necessário continuar a discutir”.
Ele destacou que a reunião ocorreu três semanas após a Comissão Europeia propor o fundo de recuperação, e foi possível esclarecer as interpretações do plano. “Agora mudamos para nova fase”, disse Michel, agradecendo a prontidão dos líderes em se engajar e negociar.
O Conselho Europeu pretende realizar uma reunião física em meados de julho em Bruxelas, para focar em algumas propostas concretas, que serão apresentadas antes da reunião, “para tentarmos tomar uma decisão”, afirmou Michel. “Estamos cientes de que temos que tomar uma decisão o mais cedo possível”, disse.
O plano de recuperação proposto inclui 500 bilhões de euros em subsídios e 250 bilhões de euros em empréstimos para os países mais afetados pela pandemia. A nova dívida europeia seria paga ao longo de décadas, a partir de 2028. O plano visa a fornecer uma injeção fiscal maciça sem aumentar os níveis de dívida já elevados de países como Itália, Espanha e Grécia.