Líderes globais assinam tratado por cooperação em pandemia, sem EUA e China

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São Paulo – Os chefes de Estado e de governo de mais de 20 países, como Alemanha, Reino Unido, África do Sul, Chile e Coreia do Sul, assinaram um tratado global comprometendo-se a realizar esforços conjuntos para combater a pandemia do novo coronavírus. Os Estados Unidos e a China ficaram de fora.

“A pandemia de covid-19 é o maior desafio para a comunidade global desde a década de 1940”, diz o comunicado conjunto. “Hoje temos a esperança de que, ao lutarmos para superar a pandemia de covid-19 juntos, possamos construir uma arquitetura internacional de saúde mais robusta que protegerá as gerações futuras”.

Segundo a nota, o compromisso coletivo “teria suas raízes na constituição da Organização Mundial da Saúde (OMS), atraindo outras organizações relevantes-chave para esse esforço, em apoio ao princípio da saúde para todos”.

O principal objetivo do tratado é “promover uma abordagem de todo o governo e toda a sociedade, fortalecendo as capacidades nacionais, regionais e globais e a resiliência a futuras pandemias”.

Isso inclui “um grande aprimoramento da cooperação internacional para melhorar, por exemplo, sistemas de alerta, compartilhamento de dados, pesquisa e produção e distribuição local, regional e global de contramedidas médicas e de saúde pública, como vacinas, medicamentos, diagnósticos e equipamentos de proteção individual”.

Segundo os líderes, o tratado deve levar a mais responsabilidade mútua e responsabilidade compartilhada, transparência e cooperação dentro do sistema internacional e com suas regras e normas.

“Estamos convencidos de que é nossa responsabilidade, como líderes de nações e instituições internacionais, garantir que o mundo aprenda as lições da pandemia de covid-19”.

Entre os signatários do comunicado está a chanceler da Alemanha, Angela Merkel; o premiê do Reino Unido, Boris Johnson; o presidente da França, Emmanuel Macron; o premiê da Itália, Mario Draghi; o premiê da Espanha, Pedro Sánchez; o chefe do Conselho Europeu, Charles Michel; o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa; o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in; e o presidente do Chile, Sebastián Piñera.