Lojas Renner quer chegar à neutralidade climática até 2050

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São Paulo – A Lojas Renner anuncia seu novo ciclo de compromissos públicos de sustentabilidade até 2030. São 12 objetivos, ainda mais abrangentes e ambiciosos que os anteriores, com alcance sobre todo o ecossistema de moda e lifestyle da companhia e desdobrados em três pilares fundamentais: soluções climáticas, circulares e regenerativas; conexões que amplificam; e relações humanas e diversas.

As metas estabelecidas para o período 2018-2021 foram atingidas pela companhia. Agora, a Lojas Renner detalhou alguns dos compromissos contemplados no novo ciclo de sustentabilidade.

A companhia quer trabalhar desenho de soluções climáticas, circulares e regenerativas acelerando o desenvolvimento de soluções que promovem uma operação mais sustentável e oferecem aos clientes opções de consumo consciente. “Para isso, as metas incluem, ao longo dos próximos oito anos, a transição para a descarbonização do negócio, a partir de métricas baseadas na ciência e capazes de criar as condições para a Lojas Renner S.A. chegar à neutralidade climática até 2050 — em linha com o Acordo de Paris, que estabeleceu o desafio global de limitar o aquecimento médio do planeta a 2C acima dos níveis pré-industriais”, diz a varejista.

A primeira fase deste compromisso compreende o objetivo de alcançar uma redução significativa das emissões até 2030. A Lojas Renner S.A. quer que as roupas desenvolvidas por suas marcas próprias emitam 75% menos CO2. Esta meta já foi submetida e aprovada pela SBTi (Science Based Targets Initiative), uma iniciativa do Pacto Global das Nações Unidas, do Carbon Disclosure Program (CDP), do World Resources Institute (WRI) e do World Wide Fund for Nature (WWF), que apresenta parâmetros matemáticos para se alcançar a emissão líquida zero dos GEE (gases do efeito estufa).

Em comunicado divulgado hoje, a Renner informou que houve evolução dos resultados obtidos no ciclo encerrado em 2021. No ano passado, a companhia registrou diminuição de 35,4% nas emissões corporativas absolutas de dióxido de carbono (CO2) em comparação com o inventário de 2017, superando a redução de 20% projetada originalmente. Ao mesmo tempo, alcançou o marco de 100% do consumo corporativo de energia a partir de fontes renováveis de baixo impacto (solar, eólica, pequenas centrais hidrelétrica e biomassa), frente à previsão inicial de 75%.

“Neste novo ciclo, a Lojas Renner S.A. se compromete a incorporar os princípios de circularidade no desenvolvimento de seus produtos, serviços e modelos de negócio, além de investir em matérias-primas têxteis circulares e regenerativas e na ampliação de processos responsáveis, como, por exemplo, o menor consumo de água e a transição energética da cadeia de fornecimento. O objetivo é garantir que, até 2030, 100% das peças de vestuário das marcas próprias da varejista sejam mais sustentáveis.”

No período 2018-2021, a companhia já havia atingido o patamar de 81,3% de roupas menos impactantes desenvolvidas pela marca Renner, identificadas pelo selo Re — Moda Responsável. O desempenho superou em 1,3 ponto percentual a meta fixada.

Outro pilar deste novo ciclo contempla a ampliação da geração de valor entre a Lojas Renner S.A. e sua rede de parceiros para oferecer produtos e serviços mais sustentáveis, segundo a companhia. Uma das metas é que todas as marcas da companhia contem com fornecedores certificados através de critérios socioambientais. No fim de 2021, 100% da cadeia global de fornecimento de produtos da marca Renner já tinha certificação.

Ainda está prevista a implantação de sistemas de rastreabilidade em 100% dos produtos de vestuário feitos com algodão, além de avanços nos controles de origem das demais matérias-primas têxteis. Neste ano, a Renner e a Youcom lançaram as primeiras coleções de jeans femininos rastreadas com tecnologia blockchain no Brasil em parceria com a Abrapa (Associação Brasileira dos Produtores de Algodão).

O novo ciclo de compromissos públicos da Lojas Renner S.A. inclui também metas para promover a evolução dos indicadores de diversidade, por isso a companhia se compromete a ter no mínimo 50% do total de cargos de liderança ocupados por pessoas negras até 2030, o que corresponde a um crescimento de 18 pontos percentuais em relação à participação atual. No mesmo período, a companhia pretende ter no mínimo 55% da alta liderança formada por mulheres, 6 p.p. a mais do que o cenário atual.