São Paulo – O lucro líquido da Telefônica Brasil caiu 14,1% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 1,153 bilhão, pressionado tanto pela queda na receita da companhia quanto por um aumento nas perdas com operações financeiras e nas despesas com impostos.
A receita operacional líquida diminuiu 1,4%, para R$ 10,825 bilhões, sendo R$ 3,754 bi do segmento de telefonia fixa (-3,6%) e R$ 7,070 bilhões no de telefonia móvel (-0,1%).
No segmento móvel, o total de acessos atingiu 74,749 milhões no primeiro trimestre, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2019, e a participação de mercado da companhia atingiu 33,0%, alta de 0,8 ponto porcentual (pp) na mesma comparação.
O serviço pós-pago concentra a maior parte dos clientes da Telefônica Brasil (43,725 milhões, alta de 6,6%), enquanto no pré-pago houve queda de 4,6% no número de clientes, para 31,024 milhões. A Arpu (average revenue per user, na sigla em inglês, ou receita média que cada usuário traz para a empresa) do segmento móvel caiu 1,7%, a R$ 29,00.
No segmento fixo, a base de clientes caiu 14,6%, para 18,333 milhões, por causa em parte da decisão da companhia de encerrar as vendas de TV por assinatura na tecnologia DTH desde o início do terceiro trimestre do ano passado.
Os acessos de banda larga fixa somavam 6,741 milhões de clientes, queda de 8,7% em relação ao primeiro trimestre de 2019, principalmente devido às desconexões de clientes xDSL. A arpu deste segmento cresceu 16,0%, a R$ 72,20.
A TV por assinatura teve queda de 15,7% no número de clientes, para 1,283 milhão, o que a Telefônica também atribuiu à estratégia de encerrar as vendas da tecnologia DTH. A arpu de TV cresceu 6,6%, para R$ 108,40.
No segmento de voz, o número de clientes caiu 17,9%, a 10,309 milhões, principalmente em função da substituição fixo-móvel e da migração do uso de voz para dados. A arpu nesta área caiu 3,0%, a R$ 34,40.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Telefônica Brasil aumentou 3,4%, para R$ 4,507 bilhões, e a margem ebitda aumentou 1,9 pp, para 41,6%.
Os custos operacionais da companhia caíram 4,5% no primeiro trimestre, para R$ 6,318 bilhões, enquanto os custos recorrentes tiveram queda de 3,3%, a R$ 6,394 bilhões. A maior redução aconteceu no custo das mercadorias vendidas, que encolheu 16,8%, a R$ 627 milhões.