Lucro líquido ajustado da Ambev recua 11,4% no 3° trimestre de 2024

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Cervejaria da Ambev/Divulgação

São Paulo, SP – A Ambev divulgou hoje o balanço do terceiro trimestre de 2024 (3T24), com lucro líquido ajustado de R$ 3,56 bilhões, queda de 11,4% em relação ao mesmo
período do ano passado (3T23). De janeiro a setembro, o lucro líquido ajustado foi de R$ 9,85 bilhões, queda de 6,7% em comparação ao mesmo período de 2023. Já o lucro líquido foi de R$ 3.56 bilhões, queda de 11,2% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o lucro líquido foi de R$ 9,22 bilhões, queda de 5,8% em comparação ao mesmo período de 2023

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado orgânico foi de R$ 7,063 bilhões, alta de 8,5% em relação ao 3T23. De janeiro a setembro, o Ebitda ajustado orgânico foi de R$ 19,4 bilhões, alta de 12% em comparação ao mesmo período de 2023.

A receita líquida orgânica foi de R$ 22,096 bilhões, crescimento de 4,9% em relação ao mesmo período de 2023. De janeiro a setembro, a receita líquida orgânica foi R$ 62,4 bilhões, alta de 4,7% em comparação ao mesmo período de 2023. O desempenho da receita líquida foi impulsionado pelo crescimento da receita líquida por hectolitro (“ROL/hl”) de 5,5%. A receita líquida cresceu em todos os nossos segmentos reportados: NAB Brasil +14,8%, LAS2 +6,9%, CAC +4,7%, Cerveja Brasil +3,5% e Canadá +0,1%.

A margem Ebitda ajustado orgânica foi de 32%, alta de 1,1 ponto percentual em comparação ao 3T23. De janeiro a setembro, a margem Ebitda ajustado foi de 31,1%, alta de 2,2 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 681,5 milhões, apresentando uma melhora de R$ 156,4 milhões em relação ao 3T23. O fluxo de caixa das atividades operacionais foi de R$ 8,1 bilhões, alta 2,3% em comparação ao 3T23, principalmente em razão do crescimento do Ebitda Ajustado aliado a melhor capital de giro.

“Olhando para frente, continuamos focados na execução da nossa estratégia comercial e estamos confiantes em nosso preparo para a temporada de verão na América do Sul, com marcas mais saudáveis e níveis recordes de NPS sustentados. Nosso foco continua sendo entregar mais um ano de crescimento de receita líquida (com um melhor equilíbrio entre volume e ROL/hl), assim como de crescimento do EBITDA e expansão das margens bruta e EBITDA Ajustado (conduzida por disciplina de custos e despesas). Continuamos esperando que nosso CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização em Cerveja Brasil (excluindo produtos de marketplace não Ambev) diminua entre 0,5-3,0% no ano”, comentou a Ambev.

O Conselho de Administração aprovou um programa de recompra de ações até o limite de
155.159.038 ações ordinárias (as quais, considerando o preço de fechamento da ação em 30 de outubro de 2024, correspondem a aproximadamente R$ 2 bilhões) a ser executado nos próximos 18 meses.

O volume consolidado (45.062 hectolitros), diminuiu 0,6% (exArgentina, crescimento de 1,3%). O volume no Brasil cresceu 1,3% (+0,6% em Cerveja e +3,4% em NAB). Na América Central e Caribe (“CAC”), o volume caiu 0,5%, com o volume da República Dominicana subindo um dígito médio. E indústrias difíceis na Argentina e no Canadá levaram a queda de volume na América Latina Sul (“LAS”) (-7,7%) e no Canadá (-1,4%).

O volume do segmento Cerveja Brasil subiu 0,6% e a receita líquida cresceu 3,5%, com a ROL/hl aumentando sequencialmente (e 2,9% vs. 3T23), uma vez que a execução disciplinada da nossa estratégia de gestão de receita (com preços médios para varejistas crescendo em linha com a inflação) e o mix positivo de marcas foram parcialmente compensados pelo impacto do aumento da base tributável do ICMS em vários estados desde o início do ano. O CPV/hl excluindo depreciação e amortização, excluindo a venda de produtos de marketplace não Ambev, diminuiu 1,3%, impulsionado principalmente pelos ventos favoráveis nos preços das commodities hedgeados, enquanto o SG&A excluindo depreciação e amortização aumentou 6,0%, impulsionado por maiores despesas de
S&M e administrativas, parcialmente compensadas pela eficiência na distribuição (principalmente devido ao mix de revendas). Como resultado, o EBITDA Ajustado cresceu 5,8%, com a margem EBITDA Ajustado expandindo 80 pb para 34,9%. No 9M24, a receita líquida aumentou 4,9% (volumes +2,3% e ROL/hl +2,5%) e o EBITDA Ajustado cresceu 12,6%, com expansão da margem bruta de 200 pb, e expansão da margem EBITDA Ajustado de 230 pb.

O volume do segmento NAB Brasil cresceu 3,4% liderado por nossas marcas health & welness. A receita líquida aumentou 14,8%, com a ROL/hl subindo 11,0%, impulsionada principalmente por iniciativas de gestão de receita combinadas com um mix de marcas positivo. O CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização subiu 5.4% em razão de ventos contrários no preço do açúcar, da inflação geral e do mix de marcas, enquanto o SG&A excluindo depreciação e amortização aumentou 13,6% devido a maiores despesas administrativas e de distribuição. No 9M24, a receita líquida cresceu 14,6% (volumes +5,8% e ROL/hl +8,3%), e o EBITDA Ajustado aumentou 25,5%, com expansão da margem bruta de 230 pb, e expansão da margem EBITDA Ajustado de 240 pb.

A receita líquida do da região América Central e Caribe (CAC) subiu 4,7%, com a ROL/hl crescendo 5,2%, graças às iniciativas de gestão de receita e ao mix de embalagens positivo na República Dominicana, que também teve aumento de volume de um dígito médio. O CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização caiu 9,8%, principalmente em razão dos ventos favoráveis do câmbio e aos preços de frete mais baixos, enquanto o SG&A excluindo depreciação e amortização aumentou 22,5% como resultado de maiores investimentos em nossas marcas e maiores despesas administrativas. No 9M24, a receita líquida aumentou 7,1% (volumes +2,7% e ROL/hl +4,3%), e o EBITDA Ajustado cresceu 18,6%, com expansão da margem bruta de 490 pb, e expansão da margem EBITDA Ajustado de 400 pb.

O volume da região América Latina Sul (LAS) caiu 7,7%, uma vez que as pressões inflacionárias sobre a demanda geral do consumidor na Argentina onde o volume diminuiu cerca de 15% (mid-teens) foram parcialmente compensadas por desempenhos positivos na Bolívia e no Chile. A receita líquida aumentou 6,9%, com a ROL/hl crescendo 15,9% principalmente em razão da execução da nossa estratégia de gestão de receita. O CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização e o SG&A excluindo depreciação e amortização continuaram a ser impactados pela inflação geral. No 9M24, a receita líquida subiu 3,8% (volumes -11,3% e ROL/hl +17,1%), e o EBITDA Ajustado aumentou 8,4%, com expansão da margem bruta de 60 pb, e expansão da margem EBITDA Ajustado de 140 pb.

A receita do Canadá subiu 0,1%, com a queda no volume impulsionada pela indústria (-1,4%) compensada pelo crescimento da ROL/hl (+1,5%) liderado por iniciativas de gestão de receita e pela contínua premiumização do nosso portfólio. As eficiências de SG&A excluindo depreciação e amortização compensaram o aumento do CPV por hectolitro excluindo depreciação e amortização (diante de uma base de comparação difícil do 3T23), levando a um desempenho estável do EBITDA Ajustado. No 9M24, a receita líquida caiu 3,7% (volumes -5,2% e ROL/hl +1,5%), e o EBITDA Ajustado diminuiu 1,1%, com contração da margem bruta de 50 pb e expansão da margem EBITDA Ajustado de 70 pb.