Lucro líquido da CCR recua 8,6% no 4° trimestre de 2024

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CCR/Foto Divulgação

São Paulo, SP – A CCR divulgou na noite de ontem o balanço do quarto trimestre de 2024 (4T24), com lucro líquido ajustado de R$ 360 milhões, queda de 8,6% em relação ao mesmo período de 2023 (4T23). Em todo o ano passado, lucro líquido ajustado foi de R$ 1,78 bilhão, alta de 25,7% em relação a 2023.

O Ebitda ajustado foi de R$ 2 bilhões, alta de 5,2% na comparação com o 4T23. Em todo o ano passado, o Ebitda ajustado foi de R$ 8,28 bilhões, alta de 6,6% em relação a 2023. A margem Ebitda ajustada consolidada foi de 53,2%, queda de 2,1 pontos percentuais em relação ao 4T23. Em todo o ano passado, a margem Ebitda ajustada consolidada foi de 57%, queda de 1,8 ponto percentual.

A receita líquida ajustada foi de R$ 3,79 bilhões, crescimento de 9,2% em relação ao 4T23. Em todo o ano passado, a receita líquida ajustada foi de R$ 14,5 bilhões, alta de 10% em relação a 2023.

A dívida líquida/Ebitda ajustado foi de 3,3x, alta de 0,3 ponto percentual em relação ao 4T23. Em 2024, dívida líquida/Ebitda ajustado foi de 3,3x, alta de 0,3 ponto percentual em comparação a 2023. A dívida líquida consolidada terminou 2024 em R$ 27,3 bilhões, acima dos R$ 23,3 bilhões registrado em 2023.

O tráfego de veículos equivalentes foi 1,1% superior ao mesmo trimestre do ano anterior. O tráfego de veículos comerciais apresentou crescimento de 0,2% no período. No trimestre foi observado uma desaceleração no tráfego comercial pelo menor escoamento de grãos, principalmente soja e milho, bem como da exportação de açúcar. Esses fatores contribuíram para o desempenho das concessões do estado de São Paulo (AutoBAn, SPVias, RodoAnel Oeste e ViaOeste) e Mato Grosso do Sul (MSVia), que constituem rota de escoamento de commodities agrícolas.

Por outro lado, observou-se a boa performance do tráfego comercial nas concessões do Sul (ViaSul e ViaCosteira), que não possui fluxos representativos do agronegócio. O tráfego de veículos de passeio apresentou crescimento de 2,2% no período. Os maiores crescimentos ocorreram nas concessões do Sul (ViaSul e ViaCosteira). A RioSP apresentou queda no
período devido ao maior volume de obras de melhoria na rodovia. O RodoAnel Oeste também apresentou queda no tráfego devido à interdição por obras do tramo externo de acesso à Anhanguera. As demais concessões mantiveram o crescimento tendencial observado ao longo do ano.

Impulsionada pelo melhor desempenho operacional e pelos reajustes tarifários implementados entre os períodos, a receita de pedágio cresceu 5,7% no período. Na linha de outras receitas houve queda de 34,6% em função da venda da Samm, com impacto de R$ 23 milhões. Dessa maneira, a Receita Líquida sem Construção registrou um aumento de 4,8% no período.

AEROPORTOS

O modal aeroportuário apresentou crescimento de 9,1% em passageiros embarcados. Para os aeroportos internacionais, Aeris e Curaçao apresentaram um forte ritmo de crescimento, em função da consolidação das rotas internacionais, refletindo na maior ocupação das aeronaves e maior frequência de voos.

Nos aeroportos nacionais, destaque para BH Airport com crescimento de 24,3% no tráfego doméstico, impulsionado por uma combinação de incentivos e descontos do estado de Minas Gerais sobre o Querosene de Aviação (QAV), estimulando a ampliação das ofertas de voo. Adicionalmente, nos Blocos Sul e Central, o aumento na ocupação dos voos (load factor), em comparação ao ano anterior, manteve a média de crescimento observada ao longo do ano.