Lucro líquido ajustado da Embraer cresce 50,6% no 2° trimestre

180

São Paulo, SP – A Embraer divulgou hoje o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido ajustado de R$ 415,7 milhões, alta de 50,6% na comparação com o mesmo período do ano passado (2T23). No primeiro semestre, o lucro líquido ajustado é de R$ 352 milhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês)
ajustado foi de R$ 995,5 milhões, alta de 37,5% em relação ao 2T23. Já a margem Ebitda ajustada recuou 1,3 ponto percentual, fechando em 12,7%. No primeiro semestre, o Ebitda ajustado é de R$ 1,229 bilhão.

A Embraer entregou 47 jatos no 2T24, dos quais 27 jatos executivos (20 leves e 7 médios), 19 jatos comerciais enquanto a Defesa entregou 1 C-390 Millennium – um aumento de mais de 88% em comparação com as 25 aeronaves entregues no primeiro trimestre de 2024. A carteira total de pedidos atingiu US$ 21,1 bilhões, o maior nível dos últimos sete anos, um aumento de mais de 20% ano a ano. O maior aumento deu-se na Aviação Comercial (+US$227 milhões) enquanto a maior queda ocorreu na unidade de Defesa e Segurança (-US$251 milhões).

Por último, a carteira de pedidos para as outras duas unidades de negócio aumentou marginalmente (+US$45 milhões). A Aviação Executiva encontra-se ainda em um momento positivo, com um book-to-bill acima de 1,5:1 no primeiro semestre de 2024.

As receitas totalizaram R$ 7,8 bilhões, alta de 76% em relação ao trimestre anterior. A receita da Aviação Comercial foi o destaque, com um crescimento de 190%. O EBIT ajustado atingiu R$ 725,5 milhões com uma margem de 9,2% no 2T24 (R$33,8 milhões e 0,8% no 1T24). ]

O fluxo de caixa livre ajustado sem Eve no 2T24 foi negativo em R$ 1,1 bilhão devido à
preparação para um número maior de entregas no segundo semestre de 2024. Na gestão de passivos, houve aumento de R$ 1,580 bilhão na dívida bruta sem a Eve durante o trimestre (R$ 2,087 bilhões consolidado). A dívida líquida da Embraer sem a Eve aumentou para R$ 7,285 bilhões no 2T24, comparada a R$ 5,237 bilhões milhões no trimestre anterior (R$ 3,887 bilhões no 2T23). A dívida líquida consolidada totalizou R$ 6,414 bilhões no final do período, contra R$ 4,327 bilhões no trimestre anterior (R$ 2,737 bilhões em relação ao 2T23).

Em termos de perfil da dívida, o vencimento médio dos empréstimos diminuiu para 4,2 anos no trimestre, em comparação com 4,4 anos no trimestre anterior. A estrutura de prazo dos empréstimos foi de 95% em contratos de longo prazo e apenas 5% em contratos de curto prazo. Nesse intervalo, o custo dos empréstimos denominados em dólares americanos manteve-se em 6,19% a.a. no 2T24 comparado ao 1T24, enquanto o custo dos empréstimos denominados em reais manteve-se em 6,69% a.a.

A companhia reiterou seu guidance para 2024. Na Aviação Comercial, a estima é entregar entre 72 e 80 aeronaves e a Aviação Executiva a estima é entregar entre 125 e 135 aeronaves. A receita total da empresa está prevista para a faixa entre US$ 6 bilhões e US$ 6,4 bilhões, a margem EBIT ajustada entre 6,5% e 7,5% e o fluxo de caixa livre ajustado US$220 milhões ou mais no ano.