Lucro líquido ajustado da Equatorial cresce 20,6% no 4° trimestre de 2023

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São Paulo, 26 de março de 2024 – A Equatorial Energia divulgou na noite de ontem (25) o balanço do quarto trimestre de 2023, com lucro líquido ajustado de R$ 1,059 bilhão, alta de 20,6% em relação ao mesmo período de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês)
ajustado foi de R$ 2,757 bilhões, alta de 25,5% na comparação com o último trimestre de 2022. A margem Ebitda foi de 24,8%, queda de 3 pontos percentuais em relação ao quarto trimestre de 2022.

Segundo a companhia, o resultado é reflexo, principalmente, pela consolidação da Equatorial Goiás que contribuiu com R$ 569 milhões. Desconsiderando o efeito da Equatorial Goiás, o segmento de Distribuição apresenta uma queda de EBITDA de R$ 77 milhões. É importante mencionar que o EBITDA ajustado já contempla os ajustes não caixa e IFRS (VNR, IFRS 9 e MtM), inclusive para o ano de 2022.

A receita líquida foi de R$ 11,246 bilhões, alta de 42% em comparação ao último trimestre de 2022.

De forma consolidada, o resultado financeiro reportado da Companhia no 4T23 atingiu R$ 1,026 bilhão negativos contra R$ 678 milhões negativos no 4T22, principalmente pelo efeito da consolidação do resultado da Equatorial Goiás.

O resultado financeiro ajustado alcançou R$ 928 milhões negativos no trimestre. Desconsiderando o valor ajustado adicionado pela Equatorial Goiás no montante de R$ 401 milhões, o resultado seria de R$ 527 milhões negativos, com crescimento de 123,9% em relação ao 4T22, principalmente impactado pelo aumento da dívida bruta de distribuição que aumentou em R$ 4,554 bilhões e pela reclassificação das receitas com multas de atraso de pagamento do resultado financeiro para a receita no valor de R$ 90 milhões.

De forma consolidada, no 4T23 a Margem Bruta ajustada do grupo Equatorial, apresentou um crescimento de 39% em comparação ao 4T22, totalizando R$ 4,2 bilhões, já excluindo os efeitos da receita de construção e os efeitos IFRS (VNR, IFRS 9 e MtM).

O resultado é explicado, principalmente, pela consolidação da Equatorial Goiás no trimestre, que adiciona R$ 858 milhões à margem do trimestre. Além da consolidação da Equatorial Goiás, na variação entre trimestres é importante destacar outros movimentos que contribuíram para o crescimento da margem nas demais distribuidoras, como o forte crescimento de mercado (R$ 205 milhões), melhora de perdas (R$ 22 milhões), aumento
em outras receitas (R$ 14 milhões), que foi parcialmente compensado pela queda da tarifa fio-b (R$-77 milhões). É importante ressaltar que o crescimento da margem bruta das distribuidoras foi impactado pelos reajustes de parcela B que ocorreram em 2023, que impactam de forma negativa o resultado da Equatorial Maranhão e da Equatorial Pará (companhias que tiveram reduções da parcela B de -7,9% e -9,6%, respectivamente).

No 4T23, a dívida bruta consolidada, considerando empréstimos e financiamentos, credores
financeiros da recuperação judicial (líquido de ajuste a valor presente) e debêntures, atingiu R$ 46,8 bilhões.

A dívida líquida apurada para fins de covenants atingiu R$ 35,3 bilhões, implicando numa
relação dívida líquida/EBITDA para fins de covenants de 3,3x, valor 0,3x menor que o trimestre anterior, reforçando a trajetória orgânica de desalavancagem da Companhia e refletindo as ações voltadas para desalavancagem utilizadas no 4T23, como a venda de ações em tesouraria (R$ 991 milhões), a operação de ações PN realizada com o Itaú (R$ 1,3 bilhão) e a desconsolidação da dívida Intesa (R$ 321 milhões), ambas somando o
valor de R$ 2,612 bilhões.

Com relação as obrigações de curto prazo da Companhia, a cobertura medida pela posição de caixa consolidado do grupo era de 2,4x.

O volume total de energia distribuída atingiu 14.832 GWh, crescimento consolidado de 12,3% em relação ao 4T22, com destaque para Goiás (+17,0%), Pará (+14,4%), Piauí (+14,1%) e Maranhão (+12,6%) que alcançaram crescimento percentual com dois dígitos.

No 4T23, a geração eólica líquida foi de 1.221,1 GWh, uma queda de 10,2% quando comparado ao mesmo período do ano anterior (1.359,9 GWh no 4T22), ainda com impacto do curtailment no trimestre, mesmo que em menor grau quando comparado ao trimestre anterior. Desconsiderando os efeitos de curtailment no período (194,7 GWh), a geração seria 4,1% maior comparado ao 4T22.