Lucro líquido ajustado da Equatorial cresce 40,9% no 1° trimestre de 2024

318

São Paulo, SP – A Equatorial Energia divulgou o balanço do primeiro trimestre de 2024 (1T24), com lucro líquido ajustado de R$ 384 milhões, alta de 40,9% em comparação ao mesmo período de 2023 (1T23). Já o lucro líquido consolidado foi de R$ 579 milhões, alta de 101,3% em comparação ao mesmo período do ano passado.

O ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 2,523 bilhões, alta de 11,3% na comparação com o 1T23. Já o Ebitda reportado foi de R$ 2,644 bilhões, alta de 7,3% em relação ao 1T23.

No 1T24, a Margem Bruta ajustada das distribuidoras ex-VNR alcançou R$ 3,4 bilhões, 14% maior do que o mesmo período do ano anterior, influenciado principalmente aumento do consumo e aumento da tarifa. As distribuidoras que mais contribuíram para a variação positiva do trimestre foram a Equatorial Goiás, a Equatorial Piauí e a Equatorial Alagoas, que juntas contribuíram para o resultado com R$ 330,6 milhões.

O segmento de distribuição encerrou o 1T24 com um resultado financeiro líquido em R$ 916 milhões negativos. O resultado financeiro ajustado atingiu um saldo negativo de R$ 979 milhões no trimestre, um aumento de 11% em comparação com o 1T23. Esse incremento se deve principalmente à redução das receitas financeiras das distribuidoras, decorrente da queda do CDI. No 1T24, os investimentos em distribuição totalizaram R$ 1,510 bilhão, volume 35,1% inferior ao executado no mesmo período de 2023.

O resultado regulatório da Equatorial Transmissão -SPEs 01 a 08 trouxe uma receita líquida de R$ 302,6 milhões, um aumento de 7,1% em relação ao 1T23, resultado do reajuste da RAP para o ciclo de 23/24 de 3,94% para as SPEs 1 a 8, e do aumento da base de clientes com subvenção CDE, que aumentam a receita das transmissoras. Os custos e despesas operacionais totalizaram R$ 18,1 milhões, R$ 1,5 milhão inferior ao 1T23. O Ebitda regulatório atingiu R$ 284,6 milhões, com margem de 94%.

A receita líquida regulatória da Intesa foi de R$ 26,1 milhões no 1T24, 41,6% abaixo do apresentado no 1T23, decorrente do reajuste da RAP para o ciclo de 23/24, onde ocorreu a redução da RAP original da INTESA em 50%, que gerou um efeito médio de reajuste de -37,9%. Os custos e despesas operacionais atingiram R$ 3,9milhões, 44% acima do observado no 1T23, decorrente do aumento de serviços de manutenção e limpeza de faixa. O EBITDA atingiu R$ 22,1 milhões no 1T24, como uma margem EBITDA de 84,8%.

No 1T24, a geração eólica líquida foi de 817,1 GWh, uma queda de 24,3% quando comparado ao mesmo período do ano anterior (1.079,9 GWh no 1T23), ainda com impacto do constrained-off no trimestre, mesmo que em menor dimensão, quando comparado aos dois trimestres anteriores. Desconsiderando os efeitos de constrained-off no período (22,4 GWh), a geração seria 22,3% menor comparado ao 1T23.

ENDIVIDAMENTO

No trimestre, a dívida bruta consolidada, considerando empréstimos e financiamentos, credores financeiros da recuperação judicial (líquido de ajuste a valor presente) e debêntures, atingiu R$ 44,5 bilhões. A dívida líquida apurada para fins de covenants atingiu R$ 36,6 bilhões, implicando numa relação dívida líquida/Ebitda para fins de covenants de 3,3x, com a manutenção do nível registrado no 4T23. Importante mencionar que a redução da dívida bruta se deve pelo pré pagamento de aproximadamente R$ 2 bilhões de dívidas da Holding. A cobertura de caixa com relação as obrigações de curto prazo da Companhia fechou o 1T24 em 1,7x.

RECOMPRA DE AÇÕES

O Conselho de Administração aprovou a criação de um novo programa de recompra, em bolsa, de ações ordinárias de sua emissão, para a manutenção em tesouraria, cancelamento ou alienação das ações no mercado ou sua destinação a participantes no âmbito de planos de incentivo de longo prazo (Plano de Matching Shares), sem redução do capital social da companhia, mediante a aplicação de lucros e/ou reservas disponíveis, nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis.

Segundo o comunicado, o Programa de Recompra 2024 tem como objetivo prioritário atender ao Plano de Incentivo de Longo Prazo, mas por ocasião da aprovação do Programa de Recompra 2024, decidiu-se preservar a opcionalidade de manter o programa aberto com o percentual máximo de alçada do Conselho de Administração.

A companhia poderá adquirir até 50% do total de Ações em Circulação. Para referência,
atualmente esse número corresponde a 57.021.094 ações ordinárias de emissão da companhia. As aquisições de ações no âmbito do Programa de Recompra poderão ser realizadas durante o período de 18 meses, iniciando-se em 15 de maio de 2024 e encerrando-se em 14 de novembro de 2025 (inclusive).