São Paulo, SP – A Hapvida divulgou ontem o balanço do terceiro trimestre de 2023, com lucro líquido ajustado de R$ 261,1 milhões, queda de 61,3% em relação ao mesmo período do ano passado.
O ebitda (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ajustado do trimestre foi de R$ 742 milhões, queda de 19,6% na comparação anual, e a margem ebitda ajustada recuou 3,8 pontos percentuais, para 10,8%.
O resultado financeiro líquido totalizou uma despesa líquida de R$ 371,4 milhões, um aumento de 50,4% frente a despesa líquida de R$ 246,9 milhões apresentada no segundo
trimestre deste ano.
A receita líquida consolidada totalizou R$ 6,881 bilhões, apresentando crescimento de 8,9% quando comparada com o mesmo período de 2022, beneficiada principalmente pelo crescimento da linha de negócio de planos de saúde, resultado da estratégia de reajuste e
recomposição de margem apesar da redução do número de beneficiários. Em janeiro de 2023, a companhia concluiu a aquisição da HB Saúde, adicionando R$ 82,2 milhões à receita líquida no terceiro trimestre de 2023.
A receita de Planos de Saúde totalizou R$ 6,663,3 bilhões, um crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Esse crescimento é resultado do repasse de ticket médio mensal consolidado variando de R$ 225,1 para R$ 251,8.
A companhia apresentou uma redução líquida de 89,9 mil beneficiários em planos de saúde em relação ao mesmo período do ano passado. Dentre os principais aspectos que impactaram o trimestre estão a adição de 436,1 mil beneficiários, fruto da manutenção dos
patamares de vendas brutas (157,0k Corporativo, 91,1k PME e 188,1k Individual/Adesão); perda de 492,6 mil beneficiários refletindo o aumento da inadimplência, um ambiente macroeconômico desafiador e a redução de contratos deficitários (226,6k Corporativo, 132,2k PME e 133,8k Individual/Adesão); e perda líquida de 33,4 mil beneficiários devido ao turnover negativo (demissões e admissões líquidas em contratos corporativos existentes).
No fim do terceiro trimestre, a companhia possuía 462,5 mil beneficiários em produtos de livre escolha (PPO), uma redução líquida de 19,1 mil em relação ao segundo trimestre de 2023. O ticket médio consolidado de saúde aumentou 11,8%, refletindo a estratégia de recomposição de preços e revisão de portfólio de cliente, buscando uma carteira mais rentável e sustentável.
A companhia atingiu R$ 4,954 bilhões de Dívida Líquida (1,58x Ebitda), frente a R$ 5,274 bilhões (1,61x Ebitda) no segundo trimestre de 2023, principalmente pelo recebimento de
R$ 108,4 milhões da venda da São Francisco Resgate; e R$ 151,1 milhões do Ressarcimento Promed.
O duration (prazo médio) e custo equivalente da dívida da Companhia passaram, respectivamente, de 2,9 anos e CDI+1,66% a.a. no 2T23 para 3,1 anos e CDI+1,55% a.a. no 3T23 devido, principalmente, a troca do swap do CRI da Ultra Som que em sua nova configuração passa de 113,32% do CDI para 107,5% do CDI.
A companhia fechou o terceiro trimestre com 85 hospitais, 77 unidades de pronto atendimento, 331 clínicas e 269 unidades de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial,
totalizando assim 762 pontos de atendimento próprios acessíveis aos nossos beneficiários em todas as cinco regiões do país