Lucro líquido ajustado da Iguatemi cresce 24,6% no 2° trimestre de 2024

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São Paulo, SP – A Iguatemi divulgou ontem (6) o balanço do segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido ajustado de R$ 106,5 milhões, alta de 24,6% em relação ao mesmo período de 2023 (2T23), com margem EBITDA ajustado de 73,1%, alta de 5,3 pontos percentuais na margem, comparado ao 2T23 (excluindo o efeito do RS o EBITDA seria R$ 238,0 milhões, um crescimento de 13,9%). No primeiro semestre o lucro liquido ajustado foi de R$ 214,9 milhões, alta de 41,4% em comparação ao mesmo período de 2023.

O Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado foi de R$ 232,9milhões, alta de 11,5% na comparação anual. A margem Ebitda ajustado foi a 73,1%, alta de 5,3pontos porcentuais (excluindo o efeito do RS o EBITDA seria R$ 238,0 milhões, um crescimento de 13,9%).

O FFO ajustado foi de R$ 153,9 milhões, alta de 19,3% acima do 2T23, com margem FFO ajustado de 48,3%, um crescimento de 6,4 p.p na margem versus o 2T23 (excluindo o efeito do RS o FFO seria R$ 158,3, milhões, um crescimento de 22,8%);. A margem FFO foi a 48,3%, subida de 6,4 pontos porcentuais.

A receita líquida ajustada totalizou R$ 318,5 milhões, crescendo 3,4% versus 2T23. A Receita Bruta de shoppings foi de R$ 325,2 milhões no 2T24, aumento de 3,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita de Estacionamento alcançou R$ 54,4 milhões, 7,1% acima do 2T23. Esse resultado reflete o aumento do fluxo de veículos, além dos reajustes nas tabelas de preço que nos últimos 12 meses foi reajustado em 7,8% na média do portfólio. Vale ressaltar que nesse período, o Shopping Praia de Belas ficou 1 mês sem faturamento.

As vendas do portfólio da Iguatemi no 2T24 novamente apresentaram um crescimento forte e acima da inflação, nesse trimestre as vendas ficaram 5,9p.p. acima do IPCA dos últimos 12 meses. As vendas totais atingiram R$ 4,9 bilhões no trimestre, um crescimento de 7,0% sobre o 2T23, excluindo os shoppings do Rio Grande do Sul, tivemos uma crescimento de vendas de 9,8%. Os segmentos que melhor desempenharam no período foram Artigos Diversos, Saúde & Beleza, Joalherias; Artigos para o Lar, Livraria, Papelaria, Info. ficando 11,4% e 7,0% acima do 2T23, respectivamente.

As vendas mesmas lojas (SSS) registraram crescimento de 4,0% no 2T24 sobre o 2T23. As vendas mesmas áreas (SAS) cresceram 7,0% no trimestre versus 2T23. Se excluirmos os empreendimentos do Rio Grande do Sul, o SSS e SAS tiveram crescimento de 6,7% e 9,8%, respectivamente e sobre 2T23.

No resultado do 2T24, o aluguel mesmas lojas (SSR) do portfólio da Iguatemi atingiu 2,9% e o aluguel mesmas áreas (SAR) cresceu 2,1%. Excluindo o impacto das operações do Rio Grande do Sul em maio, tivemos um crescimento de aluguéis mesmas lojas (SSR) e aluguéis mesmas áreas (SAR) de 4,9% e 5,2%, mesmo sem qualquer reajuste de inflação dos alugueis nos últimos 12 meses.

Segundo o comunicado, o crescimento do aluguel percentual de 17,8% reflete o bom desempenho de vendas dos lojistas e o reflexo no custo de ocupação fazendo com que mais lojistas atinjam os seus breakevens e comecem a pagar aluguel sobre percentual sobre as suas vendas.

Neste trimestre, a companhia apresentou uma melhora na taxa de ocupação, atingindo 95% na média do 2T24, representando um aumento de 2,6 p.p. em comparação com o 2T23. Durante o período a Iguatemi manteve uma alta taxa de comercialização de contratos resultando em uma aumento de 12% de ABL comercializada versus a média dos últimos 5 anos. O custo de ocupação médio para o 2T24 foi de 10,8%, 0,5p.p abaixo do 2T23. Diante do crescimento de vendas e somado à gestão dos custos condominiais com crescimento abaixo da inflação, o indicador tem reduzido de forma constante nos
últimos trimestres, mesmo considerando os leasings spreads positivos aplicados e a redução de descontos nos aluguéis.

O 2T24 encerrou com uma inadimplência liquida negativa de 1,4%, uma redução de 1,5p.p. em relação ao 2T23. Essa queda é reflexo de uma inadimplência bruta baixa, beneficiado por custos de ocupação menores e vendas crescentes, além de um processo de recuperação de alugueis passados de lojistas com depósitos judiciais.

ENDIVIDAMENTO

A Iguatemi encerrou o 2T24 com uma Dívida Total de R$ 4 bilhões, um aumento de 19,8% em relação ao trimestre anterior, por conta da captação do CRI de R$700 milhões em
junho. O prazo médio encerrou em 4,7 anos e custo médio da dívida apresentou uma queda de 0,5p.p., encerrando em 106,8% do CDI. Essa redução é decorrente da queda do CDI no período. A Disponibilidade de Caixa encerrou em R$ 2,3 bilhões, levando a uma Dívida Líquida de R$ 1,7 bilhão, variando 0,3% em comparação ao primeiro trimestre de 2024. O múltiplo Dívida Líquida/EBITDA Ajustado encerrou em 1,80x, uma queda de 0,04x versus o 1T24.