Lucro líquido ajustado da Localiza cresce 38,3% no 2° trimestre

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São Paulo, SP – A Localiza divulgou ontem (14) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido ajustado de R$ 419 milhões, queda de 38,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) consolidado foi de R$ 2,5 bilhões, alta de 27,9% na comparação anual.

A margem Ebitda ajustada da divisão de Aluguel de Carros foi 64,5%, avanço de 9,3 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano passado. Na divisão de Gestão de Frotas, a margem Ebitda foi 69,5%, crescimento de 4,5 pontos percentuais em comparação ao segundo trimestre de 2022.

A receita líquida avançou 34,6% em doze meses, para R$ 6,8 bilhões. A receita líquida de aluguéis apresentou crescimento de 27,4%, sendo 9,9% na divisão de Aluguel de Carros e
58,1% na divisão de Gestão de Frotas. A receita de Seminovos somou R$ 3,283,9 bilhões, aumento de 43,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, resultado do aumento expressivo nas vendas de Seminovos na comparação anual, dando sequência ao movimento da renovação da frota.

A taxa de utilização da divisão de Aluguel de Carros, apesar de se manter em um patamar saudável, apresentou redução de 1,8 ponto percentual na comparação anual, e reflete a acomodação de demanda após a alta temporada.

Na divisão de Aluguel de Carros, o preço médio de compra foi 15,3% menor que o mesmo período do ano anterior. Na comparação sequencial, o aumento do preço médio de compra reflete a priorização do faturamento de carros não impactados pela Medida Provisória (valor
superior a R$ 120 mil), entre maio e o final de junho. Pelo lado da desativação de carros, o preço médio de R$ 59,6 mil reflete o impacto da Medida e a desmobilização e venda dos carros 1.0 com maior quilometragem média.

A demanda por aluguel de frotas e assinatura permanece robusta, com aumento do backlog para 21 mil carros. A taxa de utilização se mantém em nível saudável, atingindo 95,8%, redução de 1,5 ponto percentual na comparação anual, mas já trazendo avanços na comparação sequencial (95,2% no primeiro trimestre).

No primeiro semestre, as atividades de aluguel geraram R$ 2,8 bilhões de caixa. A forte geração de caixa das atividades de aluguel foi consumida principalmente pelo maior capex
de renovação, conforme demonstrado no item 3.2, e redução na conta de fornecedores.

Em Gestão de Frotas, o preço médio de compra de R$ 103,7 mil reflete o mix composto também por veículos pesados e especiais, além dos veículos leves, enquanto o preço médio de venda de R$ 67,4 mil é composto quase que exclusivamente por veículos leves. O aumento sequencial do preço médio de compra, se dá no contexto da Medida Provisória, em que foram priorizados os faturamentos de carros com valor superior ao do teto da Medida (R$ 120 mil) entre maio e o final de junho.

O EBIT totalizou R$ 820,3 milhões, redução de 43,3% em relação ao mesmo período de 2022 proforma, impactado em R$ 123,4 milhões pelos efeitos não caixa da mais valia de frota e relacionamento com clientes, além de R$ 631,4 milhões referente a Medida Provisória. O EBIT ajustado para excluir esses feitos totalizou R$ 1,575 bilhão no trimestre, representando um aumento de 3,6% se comparado ao segundo trimestre de 2022 proforma.

Os ratios dívida líquida/valor de frota e dívida líquida/EBITDA LTM encerraram o trimestre em 0,58x e 2,78x, respectivamente. Em 30 de junho de 2023, a dívida líquida da companhia somava R$ 25,897 bilhões.

A companhia encerrou o trimestre com R$ 11 bilhões em caixa. Considerando as captações e liquidações anunciadas até 31 de julho, a posição proforma de caixa de seria de R$ 12 bilhões.

No segundo trimestre de 2023 foram comprados 57.110 carros, sendo 32.242 na divisão de Aluguel de Carros e 24.868 na divisão de Gestão de Frotas. Em 5 de junho de 2023, o Governo Federal publicou a MP 1.175, que dispunha sobre mecanismo de desconto na aquisição de veículos 0km, inicialmente destinado a pessoas físicas. Entre maio e junho a Companhia reduziu significativamente o volume de carros comprados, voltando a acelerar a compra em melhores condições na última semana de junho, com a extensão da Medida a pessoas jurídicas.

A companhia encerrou o primeiro semestre com uma frota de 587.424 carros, crescimento de 10% na comparação anual, sendo um aumento de 32,4% na divisão de Gestão de Frotas e uma redução de 4,7% na divisão de Aluguel de Carros. A redução de frota na divisão de Aluguel de Carros reflete a aceleração do volume de vendas de Seminovos, melhorando a utilização global da frota na comparação sequencial.