Lucro líquido ajustado da Raia Drogasil cresce 47% no 4° tri

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São Paulo, SP – A Raia Drogasil divulgou ontem o balanço do quarto trimestre de 2022, com lucro líquido ajustado de R$ 301,1 milhões, alta de 47% em relação ao mesmo período de 2021. Sem ajustes o resultado foi de R$ 278 milhões. No ano, o lucro líquido atingiu R$ 991,8 milhões, um crescimento de 25,8% e uma expansão de 0,1 ponto percentual.

O lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de R$ 599,4 milhões, aumento de 33,8% em comparação ao último trimestre de 2021. No ano, o Ebtida ajustado foi de R$ 2,26 bilhões, um crescimento de 25,2% em comparação a 2021, e uma expansão de margem de 0,2 ponto percentual,.

A margem Ebtida foi de 7,2%. Mesmo excluindo o ganho pontual de 0,5 pp no trimestre, a companhia registrou um ganho de margem comparável de 0,2 pp em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano de 2022, a margem Ebitda foi 7,3%, uma expansão de 0,2 pp.

A companhia disse que o desempenho foi alavancado pela abertura de 260 novas farmácias e pelo crescimento recorde de 13,3% nas lojas maduras no ano, um patamar 7,5 pontos percentuais acima da inflação. O market share nacional atingiu 15,1%, um crescimento de 1,0 ponto percentual e com ganhos em todas as regiões.

Em 2022, a receita bruta chegou a R$ 31 bilhões, crescimento de R$ 5,3 bilhões e um crescimento de 20,9% no ano. As despesas financeiras líquidas geraram um desembolso de R$ 283,6 milhões em 2022 (R$ 68,9 milhões no quarto trimestre de 2022). As despesas foram parcialmente compensadas pela dedução fiscal de R$ 202,5 milhões relativa às despesas financeiras e JSCP (R$ 54,0 milhões no trimestre).

Por fim, provisionamos R$ 419,5 milhões em proventos em 2022 (R$ 90,0 milhões no quarto trimestre de 2022), sendo R$ 312,0 milhões em juros sobre capital próprio e R$ 107,5 milhões em dividendos, refletindo um payout de 50,0% sobre o lucro líquido do ano (IFRS-16 da controladora).

O endividamento bruto, ao final de 2022, totalizou R$ 2.317,9 milhões, dos quais 83,2% correspondem à emissão de Debêntures em 2018, 2019 e 2022, além dos Certificados de Recebíveis Imobiliários emitidos em 2019 e 2022. O restante (16,8%) corresponde a outras linhas de crédito. Do endividamento total, 92% é de longo prazo e 8% se refere ao curto prazo. Encerramos o trimestre com uma posição de caixa total (caixa e aplicações financeiras) de R$ 433,5 milhões.

Em 2022, o ROIC atingiu 18,5%, com um ganho de 3,5 pontos percentuais sobre 2019, ano em que a companhia iniciou investimentos na omnicanalidade e na melhoria da experiência do cliente por meio da digitalização.

A venda por canais digitais atingiu R$ 3,2 bilhões em 2022, um crescimento de 52,7% no ano. Enquanto os canais digitais alcançaram uma participação de 11,8% sobre as vendas totais no varejo no último trimestre, a participação de clientes digitalizados nas vendas totais, incluindo tanto os canais físicos como digitais, já se aproxima de 20%.

A companhia encerrou 2022 com 2.697 farmácias nas 540 cidades onde estamos presentes. As farmácias atendem a 92% da classe A em um raio de 1,5 km e 58% da população total do país em um raio de 5 km de distância. A expansão adicionou ao longo do ano 260 novas farmácias e permitiu o ingresso em 55 novas cidades. Entre 2023 e 2025, a empresa quer inaugurar 780 novas farmácias, sendo 260 novas unidades por ano.

As despesas com vendas totalizaram R$ 5,45 bilhões em 2022, equivalentes a 17,6% da receita bruta, uma diluição de 0,4 pp vs. 2021. Obtivemos em 2022 uma forte alavancagem operacional em função do crescimento real obtido nas lojas maduras, com diluição de 0,1 pp em despesas com pessoal, 0,1 pp em energia elétrica e 0,1 pp em despesas de marketing, entre outros.

No quarto trimestre de 2022, as despesas com vendas totalizaram R$ 1,42 bilhão. Segundo a companhia, é importante ressaltar o reconhecimento de forma concentrada de ganhos de PIS/COFINS sobre despesas referentes a todo o exercício de 2022. A parcela referente aos trimestres anteriores do ano gerou um ganho pontual de 0,5 pp no trimestre, levando a despesa de vendas para 17,1% ao invés de 17,6%, que seria o patamar normalizado do trimestre.

“Esse patamar normalizado corresponderia a uma diluição comparável de 0,8 pp em relação ao ano anterior, sobretudo em função dos ganhos de alavancagem operacional proporcionados pelo forte crescimento real obtido nas lojas maduras. Registramos diluições comparáveis de 0,3 pp em despesas com energia elétrica, de 0,2 pp em despesas com pessoal, de 0,2 pp em aluguéis, e de 0,1 pp em outras despesas”, explicou a companhia.