São Paulo, SP – O Carrefour Brasil divulgou na noite de ontem (25) o balanço do segundo trimestre de 2023, com lucro líquido ajustado de R$ 29 milhões, recuo de 95,2% em comparação com o mesmo período do ano passado, que alcançou R$ 600 milhões.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado foi de R$ 1,33 bilhão, queda de 21,7% em relação ao segundo trimestre de 2022. Já a margem Ebitda ajustada recuou 2 pontos percentuais), para 5,2%, refletindo principalmente o impacto da integração do Grupo BIG, as despesas de conversão e a maturação de vendas das lojas BIG convertidas.
As vendas brutas do varejo atingiram R$ 7,5 bilhões, alta de 6,4% na comparação anual, sendo R$ 5,9 bilhões no Carrefour e R$ 1,6 bilhão no BIG, cuja integração impulsionou o crescimento das vendas. As vendas líquidas atingiram R$ 25,9 bilhões, alta de 8,1% na comparação com o mesmo período do ano passado.
As vendas consolidadas do Grupo Carrefour Brasil totalizaram R$ 29 bilhões, alta de 9,7% na comparação anual, impulsionadas pela expansão orgânica do Cash & Carry e pela integração do Grupo BIG.
O volume bruto negociado (GMV, na sigla em inglês) total atingiu R$ 2 bilhões, alta de 30,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo segmento alimentar e não alimentar. O GMV alimentar cresceu 41,9% a/a, mantendo um forte ritmo de crescimento, liderado pelo canal 1P alimentar do Carrefour, que continuou ganhando força, principalmente com clientes B2B e registrou crescimento de 53,7% na comparação anual.
O faturamento do Banco Carrefour totalizou R$ 14,6 bilhões, alta de 13,4% na comparação anual, impulsionado pelo crescimento de dois dígitos do cartão de crédito Atacadão (+17,7%) e crescimento de 7,4% do cartão de crédito Carrefour.
“Os esforços implementados desde o quarto trimestre de 2022 para atrair a base de clientes do Grupo BIG resultaram na adição de aproximadamente 328 mil novos clientes à base do banco no primeiro semestre de 2023. O crescimento do faturamento on-us e off-us acelerou no segundo trimestre para 12,3% e 13,2% respectivamente (vs. 14% e 12,9% no primeiro trimestre de 2023”, explicou a companhia.
O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 778 milhões, alta de 94,6% em comparação ao segundo trimestre de 2022, devido ao aumento do nível de endividamento, decorrente principalmente da aquisição do Grupo BIG e subsequente investimentos de integração, e taxas de juros mais altas no Brasil.
A dívida líquida atingiu R$ 13,1 bilhões ou R$ 18,2 bilhões incluindo arrendamento e desconto de recebíveis, +R$ 1,0 bilhão a/a e +R$ 1,2 bilhão, na comparação anual, respectivamente. Dívida líquida sobre Ebitda ajustado LTM (incluindo recebíveis) foi de 2,17 vezes, acima dos 1,95 vezes registrado no mesmo período do ano passado.
Os empréstimos líquidos de derivativos para cobertura totalizaram R$ 16,9 bilhões em junho de 2023, R$ 3,2 bilhões acima de junho de 2022, explicado principalmente pela aquisição do Grupo BIG e subsequentes investimentos em integração.
No segundo trimestre, foram convertidos um total de 47 lojas, abrindo 15 lojas Atacadão convertidas de Hipermercados BIG, 28 Hipermercados Carrefour e 4 Sams Club. Fechamos 10 lojas Maxxi em maio, conforme planejado e anunciado no último trimestre.